O Itamaraty afirmou, nesta terça-feira (5), em nota, que
“está confirmada a importação de 2 milhões de doses da vacina
da AstraZeneca/Oxford produzidas na Índia”. Segundo a pasta, a
data provável de entrega será a partir de meados de janeiro.
Em seguida, a pasta divulgou uma nota conjunta com o Ministério da Saúde na qual afirma que não há qualquer tipo de proibição oficial do governo da Índia para a exportação de doses da vacina.
“As negociações entre a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e o Instituto Serum, da Índia, para a importação pelo Brasil de quantitativo inicial de doses de imunizantes contra a Covid-19 encontram-se em estágio avançado, com provável data de entrega em meados de janeiro.”
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou, no
último sábado (2), que aprovou
um pedido excepcional para importação de 2 milhões de doses pela Fiocruz.
A importação é considerada excepcional porque o imunizante ainda não foi
submetido à autorização de uso emergencial ou registro sanitário.
As doses importadas foram fabricadas pelo Instituto Serum (Serum Institute of India PVT. LTD), que é uma das empresas participantes do Covaxx Facility, consórcio de aceleração e alocação global de recursos contra o novo coronavírus coliderada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) do qual o Brasil faz parte.
Na segunda-feira (4), Adar Poonawalla, presidente do Instituto Serum, responsável por fornecer as doses da vacina para o Brasil, disse que o governo indiano não permitiria a exportação do imunizante de Oxford produzido no país para assegurar, em primeiro lugar, a vacinação da população indiana.
Depois, porém, o Instituto Serum prometeu “uma implantação
tranquila das vacinas na Índia e no mundo”. Pelo Twitter, o presidente do
laboratório indiano, Adar Poonawala, disse que houve uma falha de comunicação
e, em um comunicado conjunto com o laboratório Bharat Biotech, informou que as
duas empresas estão totalmente engajadas na “fabricação, fornecimento e
distribuição, de forma que as populações que mais precisam recebam vacinas de
alta qualidade, seguras e eficazes”.
O comunicado do governo brasileiro informa ainda que o secretário-executivo da Saúde, Elcio Franco, reuniu-se nesta segunda com o embaixador da Índia em Brasília para tratar do tema.
Veja a íntegra da nota conjunta:
Nota Conjunta do Ministério
das Relações Exteriores e do Ministério da Saúde sobre importação de vacinas da
Índia
O Governo brasileiro, por
meio dos Ministérios da Saúde e das Relações Exteriores, esclarece que não há
qualquer tipo de proibição oficial do Governo da Índia para exportação de doses
de vacina contra o novo coronavírus produzidas por farmacêuticas indianas.
As negociações entre a
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Serum da Índia para a importação
pelo Brasil de quantitativo inicial de doses de imunizantes contra a Covid-19
encontram-se em estágio avançado, com provável data de entrega em meados de
janeiro.
O Secretário-Executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco,
reuniu-se ontem, 4 de janeiro, com o Embaixador da Índia em Brasília para
tratar do tema. A Embaixada do Brasil em Nova Delhi, por sua vez, está em
contato permanente com autoridades indianas para reforçar a importância do
início da vacinação no Brasil.
Em nota conjunta, publicada hoje, 5 de janeiro, o Instituto Serum da Índia e a
Bharat Biotech comunicaram a sua firme intenção de garantir acesso mundial a
suas vacinas contra Covid-19. O CEO do Instituto Serum esclareceu, ainda,
publicamente, que a exportação de vacinas produzidas na Índia é permitida para
todos os países.
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