Imagem: Divulgação
A Índia sofre um
novo aumento de casos de mucormicose, também conhecida como “fungo negro“. De acordo com a New Delhi Television (NDTV), o
país registrou 11.717 casos em andamento da infecção até
a última terça-feira (25). O ministério da saúde agora declarou oficialmente a
emergência sanitária com epidemia.
A mucormicose é uma
infecção rara causada pela exposição a mofo mucoso que é comumente encontrado
no solo, plantas, esterco e frutas e vegetais em decomposição. “É onipresente e
encontrado no solo e no ar e até mesmo no nariz e no muco de pessoas
saudáveis”, disse o Dr. Akshay Nair, um cirurgião oftalmologista de Mumbai.
Fungo
na Índia
O “fungo negro” em
propagação na Índia ataca o cérebro, os pulmões os seios e a face. Um sistema
imunológico saudável costuma ser suficiente para impedir a contaminação, no
entanto, caso o fungo se instale, pode causar a morte de metade dos infectados.
Casos de mucormicose são relativamente comuns entre pacientes diabéticos com
Covid-19 que tiveram infecções graves tratadas com esteróides.
Para a BBC,
representantes de um hospital de Mumbai disseram que atenderam 24 casos em dois
meses, contra seis em todo o ano passado. Além disso, os médicos contaram como
foram forçados a remover os olhos e os ossos da mandíbula das pessoas, para
impedir a propagação antes que atingisse seus cérebros. O aumento de casos
levou à escassez de anfotericina B, que é a droga usada para tratar a
mucormicose, apesar de ser fabricada por muitas empresas indianas.
Com o sistema de
saúde da Índia já fragilizado por conta da pandemia da Covid-19,
o fungo se torna ainda mais perigoso. As autoridades também relatam um aumento
na autoadministração de esteróides por moradores na tentativa de impedirem a
contaminação. Essa medicação em excesso pode justamente aumentar o problema.
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