Indústria catarinense já perdeu 165 mil empregos no último mês, calcula Fiesc

16/04/2020 - 16h07

A indústria de Santa Catarina já perdeu pelo menos 165 mil empregos nos últimos 30 dias, desde o início da crise do novo coronavírus. O número consta em uma pesquisa feita pelo Observatório da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), apresentada na tarde desta quinta-feira, dia 16. O setor fechou 2019 com 786 mil empregados e, agora, está com 621 mil, uma redução de 21%.

O levantamento abrangeu 740 empresas de 17 setores, entre pequenas (até 99 funcionários, 54,3% do total), médias (de 100 a 499 funcionários, 37,6%) e grandes (acima de 500 funcionários, 8,1%), espalhadas por 129 cidades. Foi a partir desta mostra que a Fiesc calculou as projeções para o estado.

Segundo a pesquisa da federação, já houve retração de 28% na produção industrial (impacto de R$ 3,4 bilhões), queda de 29,1% nas vendas internas (R$ 3,1 bilhões) e tombo de 11% nas exportações (R$ 327 milhões). A estimativa é de uma queda no PIB (produto interno bruto) industrial de 28% (R$ 2,3 bilhões) no período.

Segundo a pesquisa, os setores de equipamentos elétricos (-41,7%), confecção (-41,4%) e automotivo (-39%) tiveram a maior redução do número de empregos na indústria catarinense. Para o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, esses segmentos dependem muito do comércio, e o fechamento do varejo acabou prejudicando a produção.

Por outro lado, até mesmo atividades consideradas essenciais e que não interromperam a produção tiveram queda. O emprego na indústria de alimentos, por exemplo, recuou 5,4%. O levantamento mostra que todos os 17 setores consultados enxugaram o quadro de funcionários.

Na produção, as maiores quedas foram verificadas na indústria cerâmica (-59,1%), de confecção (-52,6%), automotiva (-49,8%), móveis (-47,3%) e na construção civil (-41,6%).

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