Em razão da
suspensão das feiras agropecuárias – uma das medidas de enfrentamento da
pandemia do novo coronavírus – grande parte dos terneiros está retida nas
fazendas de Santa Catarina a espera de comercialização.
Outro fator que
agravou a retenção dos animais nas fazendas decorre do fato de que, além da
venda em feiras e nas fazendas, uma grande parte era exportada como carga viva
para a Europa e, por enquanto, essa operação está suspensa.
Para melhorar o
escoamento dessa produção, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de
Santa Catarina (FAESC) está articulando com os Sindicatos Rurais e os
leiloeiros a realização de leilões virtuais, informa o vice-presidente de
finanças Antônio Marcos Pagani de Souza, que coordena os programas
de pecuária de leite e de corte.
Os leilões virtuais
foram autorizados pelo governador Carlos Moisés da Silva em videoconferência,
nesta semana, com as entidades do agronegócio. Agora, o secretário da Agricultura
Ricardo de Gouvêa e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa
Catarina (Cidasc) regulamentarão as condições para a realização desses leilões
tendo por princípio evitar a aglomeração de pessoas.
Essa será uma
experiência pioneira em território catarinense, realça o dirigente. Os lotes de
terneiros serão filmados nas fazendas ou nos recintos dos parques de exposição
– proibida a presença de público – e as imagens serão transmitidas pela
internet durante o leilão virtual. Também haverá venda direta nas propriedades
rurais.
Os terneiros que
estão no campo têm idade média de oito meses, pesam em média 200 kg e
são predominantemente de raças britânicas e continentais.
Pagani prevê a
venda entre 10 mil e 25 mil cabeças nas feiras virtuais, aquecendo a economia
catarinense. Ressalta ainda, que a crise causada pela pandemia do coronavírus
provocou um movimento de queda nos preços do terneiro em pé.
Os preços pré-crise estavam em torno de R$ 8,00 a R$ 8,50 o kg
de animal vivo e, agora, baixaram para R$ 7,00 a R$ 7,50.
O presidente da
Faesc José Zeferino Pedrozo salienta que o leilão virtual
representa um avanço para a agropecuária catarinense, pois o Estado é
deficitário em carne bovina. Lembrou que o rebanho bovino catarinense está
totalmente integrado ao mais avançado sistema de controle sanitário que utiliza
brincos para monitoramento de animais de corte e leite.
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