O Inter embarcou rumo a Salvador nesta quarta-feira para iniciar uma mini "excursão" pelo Nordeste. A equipe tem pela frente dois jogos seguidos em solo nordestino, numa sequência fora de casa que serve para trazer paz e dissipar a pressão e a instabilidade que pairam sobre o Beira-Rio

Nesta quinta-feira, o Colorado enfrenta o Vitória às 19h, no Barradão, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Depois, no domingo, às 16h, o adversário é o Fortaleza no Castelão pela 2ª rodada do Brasileirão. Na semana seguinte joga a volta com os baianos em Porto Alegre e volta a Salvador para encarar o Bahia, pelo Brasileirão.

Em solo nordestino, o Inter deixa para trás um ambiente que é de cobranças sobre o trabalho de Miguel Ángel Ramírez em Porto Alegre. E busca a retomada para encerrar a oscilação dentro de campo e reforçar a confiança no modelo de jogo implementado pelo técnico.

Na última terça-feira, o treinador recém completou seu terceiro mês na capital gaúcha. Pouco tempo, mas os últimos dias são de protestos recorrentes à porta do CT do Parque Gigante e até no hotel que abriga a concentração colorada. Foram quatro manifestações nos últimos 14 dias.

As cobranças iniciaram após a derrota no primeiro Gre-Nal da final do Gauchão e se intensificaram à medida que a equipe oscilou dentro de campo. O Inter se classificou na Libertadores como o pior primeiro colocado.

E vive hoje seu pior momento na temporada, com apenas uma vitória nos últimos seis jogos. Por um lado, são três partidas seguidas sem vencer. Por outro, a equipe não perde há quatro partidas. Mas com três empates consecutivos nesta conta.

E os dois últimos resultados em casa ampliaram as contestações sobre o modelo de jogo. Primeiro, o Colorado teve dificuldades ofensivas e ficou no 0 a 0 com o Always Ready, pela Libertadores. Depois, no último domingo, a equipe abriu 2 a 0, mas caiu de rendimento no segundo tempo e cedeu o empate em 2 a 2 ao Sport, na estreia no Brasileirão.

As cobranças e protestos da torcida causam incômodo a Ramírez e são recebidos com dois corações. Questionado sobre o tema na entrevista coletiva do último domingo, o treinador chegou a dizer que a imprensa destacava mais as crises do que o momento de apoio.

Depois, afirmou que entende a insatisfação e o desejo do torcedor de conquistar os resultados. Mas reiterou que os momentos de hostilidade não ajudam.

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