Foram 127 dias de
espera para o Inter voltar a jogar no Beira-Rio após a parada do esporte devido
à pandemia. E, depois do apito inicial para a semifinal do segundo turno do
Gauchão, contra o Esportivo, foram necessários apenas 40 segundos para o
Colorado marcar pela primeira vez na vitória por 4x0 que colocou o time na final
da fase.
Jogando com pressão ofensiva e superioridade em todas as posições, a equipe de Eduardo Coudet ganhou com gols de Thiago Galhardo, Marcos Guilherme, Paolo Guerrero e Gabriel Boschilia. Se nas arquibancadas não havia torcida por conta das restrições impostas pela resposta à crise fitossanitária mundial, faixas e imagens dos torcedores tentavam recriar um ambiente de normalidade.
Dentro de campo, um gramado para o treinador não colocar defeitos ou reclamar. Com a tradicional camisa vermelha, o Inter dominou o adversário e não deu muitas chances para o visitante, que esboçou poucas ações ofensivas durante todo o confronto. Já os donos da casa tiveram espaço para criar, pelas laterais e pelo meio.
Gol relâmpago e superioridade
A soberania colorado ficou evidente desde o primeiro lance. Em ataque pela direita, o Inter conseguiu a lateral. Na cobrança, Saravia tocou para Edenílson, que fez o drible e cruzou longo para a área. A bola passou por Guerrero e encontrou Galhardo, que a mandou para o fundo das redes. O placar estava aberto. Mesmo assim, o time não mudou a postura e continuou a atacar. Aos 4 minutos, Marcos Guilherme encontrou Saravia pela esquerda, que cruzou. Galhardo se atrapalhou e, na sobra, Marcos Guilherme bateu colocado no canto, mas o goleiro faz a defesa.
Com toques rápidos, aproximação, e agressividade, fazendo a bola rodar no campo de ataque, o Inter fez o Esportivo se fechar. Aos 11 minutos, Marcos Guilherme recebeu de Musto e chutou de longe. Um quique no gramado tirou o camisa 1 do time de Bento Gonçalves da jogada, que viu a bola cruzar a linha do gol. Dois minutos depois, Guerrero anotou o seu. Galhardo fez jogada pela esquerda, adentrando na área e encontrando o peruano. Sozinho, ele só deu um toque para marcar o gol.
A equipe de Coudet continuou pressionando e criando, sem dar muito espaço para os visitantes. Foi somente aos 21 minutos que o time do treinador Carlos Moraes cruzou para a área do Colorado, pela esquerda; Cuesta afastou sem dificuldades. Após parada para hidratação, aos 23 minutos, o Esportivo esboçou algumas jogadas de perigo. Numa das poucas chances, Rômulo cruzou para Vinícius Bovi que, sozinho, mandou de cabeça longe do gol de Marcelo Lomba. Noutra chance, aos 31, João Pedro cobrou falta, mas a Luis Eduardo também finalizou mal.
Ainda assim, o domínio era dos mandantes. Aos 38, em cruzamento de Boschilia, Guerrero ficou frente a frente com o goleiro, que deu um toque providencial para a bola subir por cima da goleira e sair pela linha de fundo, impedindo o quarto tento. Antes do apito encerrar a parcial, ainda deu tempo de João Pedro tentar descontar de fora da área, e Boschilia e Galhardo tentarem ampliar, todos de fora da área e sem sucesso.
Segundo tempo de ritmo menos intenso
Com a vaga para a final encaminha, o Inter voltou com mudanças para a segunda etapa. Pottker, D'Alessandro e Zé Gabriel entraram nos lugares de Guerrero, Galhardo e Cuesta. O time continuou superior, mas perdeu um pouco a cadência no meio de campo, trocando passes e tentando furar a defesa armada. Aos 8 minutos, foi o Esportivo que teve boa chance. João Pedro cruzou para Flávio Torres, que chegou atrasado após Bruno Fuchs não alcançar e tocou pela linha de fundo.
Aos 9 minutos, Coudet sacou Edenílson e lançou Patrick. E foi o volante que puxou contra-ataque que resultou o quarto gol do Colorado. O camisa 88 encontrou Marcos Guilherme em velocidade, que acionou Pottker. Ele, então, fez o passe para Boschilia, que chutou direto para o fundo do gol.
Mesmo com a desvantagem no placar, Diogo conseguiu um passe de letra para Gustavo Sapeka. O camisa 11 arrancou em velocidade e foi derrubado por Saravia na entrada da área, aos 18 minutos. O árbitro Jean Pierre Lima não hesitou em puxar o cartão vermelho do bolso e expulsar o argentino.
Coudet, então, abriu Zé Gabriel pela esquerda e mexeu no setor ofensivo, buscando também preservar jogadores para a final. Praxedes entrou no lugar de Marcos Guilherme. Para minimizar a derrota, o Esportivo também fez substituições, colocando dois atacante: Flávio Torres saiu para Emerson entrar, e João Pedro deu lugar a Marcão.
Pouca coisa mudou com as alterações. O Esportivo esboçou, mas sem perigo para Lomba. Aos 39, Xaro cobrou falta pela esquerda, mas a zaga afastou e, no rebote, a bola sobrou facilmente para o goleiro. O Inter também continuou atacando, mas sem a mesma força da primeira parcial. Quando o time trocava passes em ritmo de treino, o árbitro apitou o fim do confronto.
Inter x Esportivo | Semifinal do segundo turno do Gauchão
Marcelo Lomba; Saravia, Bruno Fuchs, Víctor Cuesta (Zé Gabriel), Moisés; Musto; Edenílson (Patrick), Marcos Guilherme (Praxedes); Boschilia, Thiago Galhardo (D'Alessandro) e Guerrero (Pottker). Técnico: Eduardo Coudet
Esportivo 0
Renan; Vinícius Bovi, Cleiton, Luís Eduardo, Gullithi, Rômulo; Robert, Galiardo (Igor Bosel), João Pedro; Gustavo Sapeka (Xaro) e Flávio Torres. Técnico: Carlos Moraes
Gols: Thiago Galhardo, Marcos Guilherme, Paolo Guerrero e Gabriel Boschilia
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