Foto: Mycchel Legnaghi/Divulgação
Período mais frio
do ano, o inverno começou hoje (21) às 6h14 no Hemisfério Sul. A expectativa do
Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de três meses com chuvas acima da
média nas regiões Norte e Nordeste, devido ao fenômeno La Niña.
A estação termina
em 22 de setembro, às 22h04 (horário de Brasília).
Oposto ao El
Niño, o fenômeno La Niña se caracteriza principalmente
pelo registro de temperaturas abaixo da média na superfície da parte do Oceano
Pacífico que fica próxima à Linha do Equador, o que afeta o clima na América do
Sul. No Brasil, entre os efeitos mais comuns está o aumento da precipitação e
da vazão dos rios no Norte e a redução das chuvas na Região Sul.
Além de mais
chuvas, o Inmet prevê que a Região Norte terá temperaturas mais elevadas. As
exceções são o sul do Pará e de Tocantins, onde o clima mais quente deve ser
acompanhado de chuvas abaixo da média, o que aumenta as chances de incêndios
florestais no sul da Amazônia.
Na região
Centro-Oeste, massas de ar seco e quente também devem favorecer incêndios
florestais principalmente nos meses de agosto e setembro. O inverno deve
intensificar o período seco, e a tendência é de diminuição da umidade relativa
do ar nos próximos meses, com valores diários que podem ficar abaixo de 30%, e
picos mínimos abaixo de 20%.
O tempo mais seco
que a média deve marcar o inverno na Região Sul, além de temperaturas próximas
e abaixo da média com a chegada de massas de ar polar, principalmente entre
julho e agosto. O oeste desses três estados, porém, pode ter chuvas acima da
média, e o norte do Paraná deve ter um inverno mais quente que o de costume.
No Nordeste, as
chuvas acima da média devem incidir sobre o litoral, enquanto no oeste da Bahia
e no sul do Piauí e do Maranhão as precipitações poderão ser próximas da média.
O La Niña também deve forçar as temperaturas a um patamar próximo ou acima da
média em grande parte da região.
O Sudeste pode ter
chuvas ligeiramente abaixo da média, mas a passagem de frentes frias deve
continuar a causar chuvas no litoral. Sobre a temperatura, a previsão é que
permaneça acima da média, mas massas de ar polar podem determinar a formação de
geadas em regiões de altitudes elevadas.
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