O governo italiano
disse nesta segunda-feira que irá estender a duração das medidas de isolamento
impostas ao país inteiro contra a pandemia de coronavírus e que estão previstas
para terminarem na próxima sexta-feira até pelo menos o final do feriado de
Páscoa, em abril, enquanto o número de novas infecções tem mostrado queda.
"A avaliação
era para estender todas as medidas de contenção pelo menos até a Páscoa. O
governo irá agir nessa direção", disse o ministro da Saúde, Roberto
Speranza, em nota após uma reunião com um comitê de cientistas que está
aconselhando o governo.
O Ministério da
Saúde não deu uma data para o fim do novo período de isolamento, mas disse que
ela estará em um novo decreto do governo. O domingo de Páscoa cai em 12 de
abril neste ano.
Os italianos estão
em isolamento há três semanas, com a maioria das lojas, bares e restaurantes
fechados e pessoas proibidas de deixarem suas casas a não ser por necessidades
essenciais.
A Itália, até agora
o país mais atingido no mundo em número de mortes e que representa mais de um
terço de todas as fatalidades pelo novo coronavírus no mundo, viu o número
total de mortos subir para 11.591 desde que a epidemia começou na região norte
do país em 21 de fevereiro.
O número de mortos
subiu em 812 pessoas nas últimas 24 horas, segundo a Agência de Proteção Civil,
revertendo dois dias de queda, embora o número de novos casos tenha subido em
4.050, o menor número desde 17 de março, chegando a um total de 101.739 casos.
Entretanto, a queda
no número de novas infecções pode em parte ser explicado por uma redução no
número de testes, que foi o menor nos últimos seis dias.
O governador da
região de Puglia, no sul do país, disse no sábado que as restrições deveriam
continuar vigentes até maio.
Ressaltando os
perigos da doença, a associação nacional de médicos anunciou a morte de mais 11
profissionais de medicina na segunda-feira, elevando o número total para 61.
Nem todos eles
foram testados para o coronavírus antes de morrerem, conforme informou a
associação, que ligou as mortes à pandemia.
A Lombardia, região
que abriga a capital financeira italiana, Milão, tem quase 60% do total de
mortes no país e cerca de 40% dos casos.
O presidente da
Lombardia, Attilio Fontana, disse que as contenções sem precedentes aos
movimentos, reuniões e atividades econômicas estão impedindo uma alta
exponencial no número de casos, e precisam continuar em vigência.
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