O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal — Foto: Carlos Moura / SCO/STF
O juiz Ricardo
Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, determinou nesta sexta-feira (2)
à Polícia Federal que envie ao Supremo Tribunal Federal
(STF) a cópia do inquérito que apura a invasão de celulares de autoridades.
O ofício foi enviado em cumprimento a uma decisão do ministro Alexandre de Moraes. Nesta quinta (1º), Moraes mandou a Justiça enviar cópias do inquérito e das
mensagens (leia detalhes mais abaixo).
Segundo a assessoria da Justiça Federal de Brasília, o ofício de Ricardo
Leite determina à PF que atenda à solicitação do ministro. O prazo imposto pela
decisão de Moraes é de 48 horas, o que inclui o fim de semana. Diante disso, o
prazo termina às 13h de domingo (4).
A decisão de Moraes não retira o inquérito da primeira instância.
Portanto, a investigação continuará com o juiz Ricardo Leite e com atuação da
Polícia Federal e do Ministério Público Federal.
Decisão de Alexandre de Moraes
Segundo o ministro do STF, a decisão desta quinta-feira foi motivada por
"notícias veiculadas apontando indícios de investigação ilícita contra
ministros da Corte".
O jornal "Folha de S.Paulo" publicou supostas mensagens
segundo as quais procuradores da Lava Jato no Paraná pretendiam investigar
ministros do Supremo.
"Diante das notícias veiculadas apontando indícios de investigação
ilícita contra ministros desta Corte, expeça-se ofício ao Juízo da 10ª Vara
Federal Criminal de Brasília, solicitando cópia integral do inquérito e de todo
material apreendido durante a Operação Spoofing, no prazo de 48 (quarenta e
oito) horas", determinou o ministro.
Alexandre de Moraes é relator de um inquérito no STF que apura ofensas a ministros da Corte, vazamento de
informações ou atos irregulares de servidores contra integrantes do Supremo.
Foi no âmbito desse inquérito que ele determinou o envio de cópia da
investigação que tramita na Justiça de Brasília.
Também na quinta-feira, o ministro Luiz Fux determinou o envio de uma cópia. Com isso, os dois
ministros terão o conteúdo, que é sigiloso e está em poder da Polícia Federal.
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