Cinco homens foram
condenados nesta quarta-feira (3) pela morte do advogado Joacir Montagna, 54, assassinado com um
tiro à queima-roupa no próprio escritório em 2018 em Guaraciaba, no Oeste catarinense. Eles foram julgados em
júri popular que começou na segunda-feira (1º).
Montagna foi morto em 13 de agosto de 2018. O inquérito foi concluído em
1º de novembro de 2018. Segundo a Polícia Civil, o crime foi encomendado, no
entanto, a motivação é investigada em outro inquérito, ainda não concluído.
A denúncia era contra três irmãos que teriam sido contratados para o
crime, um tio deles e um homem que seria mandante do crime.
Condenações
Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Santa
Catarina (TJSC), Lucas Gomes dos Santos, denunciado por ter atirado contra o
advogado, foi condenado a 46 anos de reclusão, mas com acordo de colaboração
premiada diminuiu a pena para 29 anos e 6 meses. Ele foi sentenciado por
homicídio, receptação, associação criminosa e porte de arma de fogo.
O irmão de Lucas, Abel Gomes dos Santos, que teria entrado com ele no
escritório, foi condenado a 36 anos e 6 meses de regime fechado por latrocínio
(roubo seguido de morte), receptação e associação criminosa.
O outro irmão, David Gomes dos Santos, que teria auxiliado na fuga, foi
condenado a 35 anos fechado, também por latrocínio, receptação e associação
criminosa.
Adelino José Dala Riva foi condenado como mandante do crime a 34 anos de
prisão em regime fechado. Ele foi sentenciado por homicídio duplamente
qualificado (motivo torpe e uso de recurso que dificultou defesa da vítima) e
porte ilegal de arma de fogo.
Já o tio José de Almeida, que segundo a denúncia ajudou na fuga de um
dos sobrinhos e vendeu uma arma ilegal para bancar a defesa deles, foi
condenado a 3 anos no regime semiaberto por porte de arma de fogo.
Adelino e Lucas ainda devem pagar uma indenização de R$ 200 mil para o
filho e esposa da vítima.
Julgamento
O júri popular começou às 9h de segunda-feira (1º) na Câmara Municipal
de Vereadores de São Miguel do Oeste. Mesmo sem a motivação, a Justiça entendeu
que o envolvimento de cada um deles está esclarecido.
Os cinco réus foram presos entre 29 de agosto e 5 de
novembro de 2018, nas cidades catarinenses de Chapecó, Xaxim, São Miguel do
Oeste, e em Rio Bonito (PR).
De acordo com a denúncia, os irmãos teriam recebido R$ 7,5 mil para
cometer o crime.
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