A juíza Carolina
Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, autorizou a transferência para São
Paulo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso desde abril do
ano passado na Superintendência da Polícia Federal do Paraná. A decisão foi
publicada na manhã desta quarta-feira (7).
Lula cumpre pena de
oito anos, 10 meses e 20 dias após ter sua condenação por corrupção e lavagem
de dinheiro confirmada em abril pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), no
caso do tríplex no Guarujá (SP).
A transferência do
ex-presidente para outro estabelecimento foi solicitada pela própria PF, que
alegou transtorno ao funcionamento do órgão por conta da aglomeração de pessoas
no entorno da superintendência e do grande dispêndio de recursos para lidar com
o grande número de visitas ao apenado.
“Em relação ao
local de custódia, tem-se, a cada dia, a contínua e permanente sobrecarga
imposta à Polícia Federal, em termos de recursos humanos e financeiros”,
concordou a juíza Carolina Lebbos.
Ela acrescentou que
“a situação ora verificada tem trazido, a cada dia, contínuo e crescente
prejuízo ao interesse público, com o emprego de recursos humanos e financeiros
destinados à atividade policial na custódia do apenado”. Ao determinar a
transferência para São Paulo, Lebbos atendeu a um pedido da defesa, que argumentou
ser aquele o estado de residência da família de Lula.
O Ministério
Público Federal (MPF) havia se manifestado contrário à transferência, entre
outros argumentos por Lula ainda responder a outras ações penais na Justiça
Federal do Paraná. Carolina Lebbos, porém, frisou que tais procedimentos já
tiveram instrução encerrada, não mais justificando a permanência do réu em
Curitiba.
A magistrada
determinou ainda que seja considerada a situação peculiar do ex-presidente, que
deve ter sua segurança garantida pelo estado, em estabelecimento adequado para
tal. Para a defesa, deve ser garantida a Lula a permanência em uma sala de
estado-maior. Ainda não foi divulgado o local onde Lula ficará preso em
São Paulo.
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