A juíza da 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital, Ana Luisa
Schmidt Ramos determinou na quarta-feira (6) o bloqueio de bens no valor de R $
32,5 milhões, do ex-secretário de Estado de Saúde, Helton Zeferino. A decisão
foi tomada e a resposta foi uma ação movida pelo deputado estadual Bruno Souza.
Além disso também é permitido o sequestro de imóveis e veículos que usam o nome
da Veigamed, empresa que vendeu os 200 respiradores para o Estado, que ainda
não foram entregues.
Um juiz considerou que já havia determinado bloqueio de R$ 33 milhões das
contas da Veigamed. Mas estavam disponíveis apenas R$ 483 mil.
O que diz a decisão:
“Quando decretar a indisponibilidade de
valores – e agora estocar para bens – da Veigamed, exibir garantia ou
ressarcimento ao erário fundado pela premissa de que uma empresa seria
seriamente responsável pelo ato administrativo ilegal e inocente, dos cofres
públicos, R $ 33 milhões. Nada mais lógico que inicie uma busca pelos recursos
públicos por aquele que, indiscutivelmente, é recebido. Só que a medida se
afigurou insuficiente, tendo sido bloqueada em suas contas apenas em uma
parcela daquilo que foi pago – R $ 483.219,34. Necessário, então, aumentar a
garantia, obter os bens da pessoa indicada como responsável pela prática do ato
lesivo. É aí que chega o Helton de Souza Zeferino, então Secretário de Estado
da Saúde, agente público que assinou uma Dispensa de Licitação ”.
A juíza ainda afirma que já pode falar no “montante” de R $ 33 milhões no
Estado, e relacionar uma série de supostas irregularidades que permitam a
contratação da empresa. Uma delas seria o pagamento antecipado sem ter
garantias, além da escolha de uma microempresa, que não possui capital no valor
da venda que fez a Santa Catarina.
“Não sabemos como foi dada – e foi dada –
publicidade ao certificado. Não temos notícias de como a Veigamed e suas
perguntas questionáveis (de idênticos endereços) ativadas pelo SES. Não
existe nenhum documento vinculado a carros para pagamentos em espera, com
pagamento antecipado já previsto e previsto para interessados em contratar
com o Poder Público. Então não pode dizer que a promessa de pagamento
antecipado serve para ampliar o universo de licitantes. Não estou falando de
garantias efetivas e idôneas para executar o contrato como invocar uma
doutrina. Não é isso que se trata. Não há, nenhum caso de automóvel, garantia ”, disse.
A juíza ainda ressalta que não há elementos que apontam para receber
alguma vantagem por parte de Helton de Souza Zeferino. “O que se sabe até o momento, que é um
despeito da ilegalidade no procedimento licitatório, ele, na condição de
Secretário de Estado da Saúde, assinou uma Dispensa de Licitação n. 754/2020,
permitindo com isso que contrata uma empresa Veigamed ”.
O ex-secretário Helton Zeferino, em depoimento ao Gaeco, declarou o
secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba. Por critérios indicados para
Veigamed e pressionado o contato com a empresa.
Douglas nega qualquer interferência no processo de aquisição dos
equipamentos.
>>>Clique e receba notícias do JRTV Jornal Regional diariamente em seu WhatsApp.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook