A Justiça de Indaial definiu que
Diego Pandini, vereador da cidade, deve ir a júri popular pelo assassinato do
padrasto dele e por tentativa de homicídio do irmão. Em 2014, Diego agrediu os
dois com um pedaço de madeira, causando a morte do mais velho. A defesa
recorrerá da decisão.
Conforme o
documento assinado nesta terça-feira (5) pela juíza Leila Mara da Silva,
Pandini será julgado por homicídio simples e tentativa de homicídio. Tanto
defesa quanto o Ministério Público têm cinco dias para apresentar a lista
testemunhas que falarão em plenário. A data da sessão, porém, ainda não foi
marcada.
De acordo com os
autos, em maio de 2014 Jair de Andrade e o irmão de Pandini, à época com 16
anos, foram até a casa do parlamentar durante a madrugada. Em uma discussão, o
vereador deu pauladas na cabeça e em outras partes do corpo de Andrade, que
sofreu traumatismo craniano e outras lesões, não resistindo aos ferimentos.
O adolescente teve
machucados semelhantes e desmaiou. Em depoimento, disse que foi com o pai,
ambos desarmados e alcoolizados, provocar o irmão por brigas de família que
"foram acumulando". Diego teria os recepcionado com o pedaço de
madeira e partido para as agressões.
Legítima defesa
O advogado de
Pandini, Franklin de Assis, sustenta que o cliente agiu em legítima defesa.
Naquela noite, os dois teriam ido à casa do vereador e, após jogar pedras no
telhado, chamaram o acusado para fora. Segundo a defesa, eles estavam armados
com faca e barra de ferro. Com medo que algo acontecesse com a avó, Pandini
saiu.
— As provas, todos
os depoimentos militaram para uma legítima defesa. Eles foram até lá,
provocaram ele, havia a idosa no local. A ação do meu cliente só se iniciou
quando as agressões começaram por parte deles — reforça Assis.
O defensor
encontrará o cliente nesta quinta-feira para falar sobre a decisão. Ele
recorrerá ao Tribunal de Justiça, em Florianópolis. Pandini aguarda a evolução
do processo em liberdade.
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