O
Projeto de Desenvolvimento da Bacia Leiteira da Cooper Central Fronteira Oeste
e afiliadas foi lançado nessa quinta-feira (8), em São Miguel do
Oeste, com a parceria do Sebrae/SC.A iniciativa tem por objetivo
desenvolver consultoria tecnológica em um processo de inovação e gestão das
propriedades. As ações também contemplarão
um diagnóstico qualitativo do leite, baseado em análises laboratoriais e uma
análise reprodutiva do plantel com pesquisas de campo.
Neste
projeto serão contempladas quatro cooperativas: Cooperativa da Agricultura
Familiar Camponesa e de Economia Solidária de Anchieta (Cooperanchieta) com 25
produtores; Cooperativa de Organização da Produção Industrialização Ângelo
Berti Machado de Dionísio Cerqueira (Coopercarb) com 35 produtores; Cooperativa
de Agricultores e Produção Agroindustrial Familiar de Caibi (Coapafac) com 30
produtores e Cooperativa da Agricultura Familiar Cooperdagua (Cooperdagua) com
35 produtores.
Ao
todo, 2.500 famílias são atendidas pelas cooperativas singulares da Cooper
Central Fronteira. A produção é de aproximadamente 3.000.000 de litros por mês
e um faturamento bruto ano de 2018 foi de R$ 40.000.000,00.
O
presidente da cooperativa Moacir Bernardi, realçou que a parceria
com o Sebrae/SC através do Sebraetec iniciou ainda em 2015 com a produção
orgânica e relatou as principais ações realizadas, os avanços e a proposta a
partir de agora que consiste na prestação de assistência técnica e extensão
rural diretamente em propriedades rurais. “Levaremos informações tecnológicas e
orientações, visando a produção de leite de qualidade e um melhor manejo
reprodutivo do rebanho”, observou.
Com
relação à qualidade do leite será trabalhada a higiene na ordenha e na limpeza
de máquinas e equipamentos, controle do resfriamento do leite, controle de
mamite e mastite, descarte de leite de animais doentes ou contaminados, além de
outras orientações que resultem na melhoria da qualidade do leite. O controle
reprodutivo do rebanho tratará sobre descarte de animais com dificuldades de
prenhes ou com repetição de cio, descarte de animais velhos, vacinação para
controlar doenças que afetam a reprodução e que resultem num melhor sincronismo
e controle reprodutivo.
O
diretor técnico do Sebrae/SC, Luc Pinheiro, salientou que o
projeto se dedica a ajudar aos produtores a erradicar duas doenças que ocorrem
no plantel que são a brucelose e a tuberculose, com consultoria tecnológica que
compreende todos os exames, rastreabilidade do gado, para que os produtores
tenham uma certificação da CIDASC de propriedade livre dessas duas doenças. “Ao
fazer isso terão um ganho de três centavos por litro de leite diretamente no
lucro do produtor”.
O
vice-presidente da Sulcredi, vice-presidente regional da Federação da
Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) e presidente do
Conseleite, Adelar Zimmer, destacou que a iniciativa é extremamente
importante porque com o cooperativismo é possível agregar as pessoas ao redor
de um objetivo. “E nesse sentido, junto com a participação do Sebrae/SC, temos
condições de evoluir nessa área que é fundamental para que haja, não somente
integração, mas uma maior unidade para conseguir mais conquistas. Já estamos
livres da febre aftosa e precisamos unir forças para conseguirmos eliminar a
brucelose e a tuberculose para entrarmos na rota da exportação. Se conseguirmos
eliminá-las, somente a China consumirá todo o leite do Brasil”, enfatizou.
O
gerente regional extremo oeste do Sebrae/SC, Udo Trennepohl,
enalteceu a parceria e reconheceu a importância da implementação do projeto na
área do leite orgânico em 2015. “Se não tivéssemos dado esse primeiro passo,
hoje não teríamos lançado o projeto de bioeconomia”, exemplificou ao comentar a
iniciativa inédita no Estado que foi apresentada à comunidade de Guarujá do Sul
também nessa quinta-feira (8).
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