LOCKDOWN: Presidentes da ACISMO e CDL são contra o fechamento do comércio
Para Daniel de Souza e Gleice Kopp a melhor alternativa de combate ao coronavírus é a população seguir os protocolos e denunciar quem não cumpre a lei.

17/03/2021 - 19h16

Gera grande polêmica a possibilidade de um novo fechamento do comércio em geral, como medida preventiva para frear a escalada assustadora de casos do coronavírus. O aumento desenfreado do número de casos e óbitos, agravado pela falta de leitos de UTI Covid-19, colocou autoridades governamentais e da área de saúde em polvorosa. Enquanto as vacinas não chegam, levantou-se a hipótese de lockdown por um período de 14 dias. O temor, de classe empresarial, é de que uma nova paralisação por tanto tempo, pode gerar uma quebradeira das empresas e deixar muita gente desempregada. 

Os dirigentes empresariais, ao analisar a questão, entendem que uma medida drástica dessas poderia agravar ainda mais a situação. "Eu não acredito que o lockdown seja a melhor alternativa, pois  já está comprovado de que as pessoas  estão mais seguras dentro de seus locais de trabalho", coloca o presidente da Associação Empresarial de São Miguel do Oeste (ACISMO), Daniel de Souza, ao avaliar um possível fechamento do comércio como medida de prevenção ao Covid-19.

"Devemos trabalhar com responsabilidade, temos que seguir todas as normas, todos os protocolos em atenção ao cornavírus", recomenda. Para Souza, a população tem que agir como agentes fiscalizadores dos eventos clandestinos e denunciar quem não cumpre a lei. "Se nós fizermos isso, com certeza diminuiremos muitos o número de casos sem precisar de um lockdown", complementou.

É injusto com o empresariado

Para a presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Gleice Kopp, fechar o comércio não seria justo com o empresariado. "Todos sabemos que não temos culpa em relação a disseminação do vírus. Nossas empresas estão cumprindo todos os protocolos de prevenção, pagamos impostos altíssimos, não há sequer uma empresa que não carregue o peso dos tributos. Movimentamos a economia e geramos emprego. Vamos torcer para que o COES seja sensato e deixe para cada município analisar seus dados. E no momento estamos em vantagem visto que nossos números em São Miguel do Oeste começam a descrescer", pondera.

Gleice alerta para os sérios reflexos negativos decorrentes da medida e que um lockdown agora agravaria ainda mais a situação das empresas. "Muitos lojistas estavam começando a se reerguer, imagina como iriam ficar se fechar novamente por 14 dias", adverte.

A presidente da CDL não tem dúvida de que está faltando maior conscientização de boa parte da população. "Infelizmente muitas pessoas só tomam consciência quando são afetadas diretamente", afirma. GLeice Kopp diz que o momento é de não fazer aglomerações, não viajar e cumprir o protocolo usando máscaras e higienizando as mãos com frequência. "Vamos nos cuidar e cuidar dos nossos", recomenda. 

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  • Jornal Regional



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