Nesta terça-feira
(9), a maioria dos ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal votou pela rejeição de um recurso de procuradores que integraram
a força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná contra o acesso do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva a mensagens obtidas na Operação Spoofing.
Votaram a favor do
pedido da defesa do ex-presidente os ministros Ricardo Lewandowski, Nunes
Marques, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes. O ministro Edson Fachin votou contra.
Relator da Lava Jato no Supremo, o ministro Fachin
discordou dos colegas em relação ao objeto do julgamento e afirmou que a corte
não analisou apenas se os procuradores teriam o direito de acionar o Supremo.
“O que se tem aqui, para além da questão da
legitimidade, é o exame do fornecimento integral do material apreendido na 10ª
Vara de Brasília”, disse.
O ministro Kassio Nunes Marques concordou com o
colega, mas observou que não estava fazendo “qualquer juízo de mérito acerca da
validade ou autenticidade” do material coletado na operação. “Limito-me,
portanto, nos precisos termos do voto do ministro relator, a conferir acesso à
defesa do reclamante ao referido material, permitindo, assim, o fiel
cumprimento da decisão”, destacou.
Isso pode levar à reversão das condenações do
petista, mas só será analisado em outro julgamento no STF.
Gilmar Mendes destacou que não está em discussão
neste julgamento o uso das mensagens.
“Isso significa que a questão do uso material que
carrega consigo invariavelmente pela origem ilícita ou não devem ser deixadas
para momento e espaço oportunos, a serem identificados nos próprios processos
ou procedimentos que a defesa venha apresentar”, disse Gilmar.
>>>PARTICIPE DO GRUPO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook