Pela primeira vez este ano, a Matriz de Risco
Potencial divulgada neste sábado, 25, pelo Governo de Santa Catarina,
não apresenta regiões em risco gravíssimo (cor vermelha) para a Covid-19.
Apenas a região Nordeste está em risco grave (cor laranja), 13 regiões
apresentam risco alto (cor amarela) e três foram reclassificadas para o risco
potencial moderado (cor azul).
A partir desta semana, a matriz apresenta uma nova região de
saúde, a do Vale do Itapocu, que foi separada da Nordeste. Sua incorporação foi
definida em reunião da Comissão Intergestores Bipartite. “Dessa forma, nós
ganhamos mais uma região na matriz e os indicadores que eram relativos à região
Nordeste se dividem mostrando um certo alívio, principalmente do indicador de
UTI”, explica Bianca Vieira, diretora de Tecnologia da Informação e Governança
Eletrônica (DITIG).
Observa-se que o indicador de variação semanal, na dimensão
de monitoramento, sofreu alteração devido às correções feitas pelo Ministério
da Saúde. “Já esperávamos essa interferência devido ao aumento de casos
confirmados, principalmente do ano de 2020 e começo de 2021, que ainda não
haviam sido computados. Como houve esse acréscimo bastante intenso de dados,
esses indicadores pioraram um pouco. Mas é uma correção técnica que não afeta a
situação do estado e ela deve se estabilizar na próxima semana, não havendo
mais interferência nesse indicador”, pondera Bianca.
As regiões em risco alto são Alto Uruguai Catarinense, Alto
Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Carbonífera, Extremo Oeste, Extremo
Sul, Foz do Rio Itajaí, Grande Florianópolis, Laguna, Médio Vale do Itajaí,
Oeste, Planalto Norte e Xanxerê. As regiões do Meio Oeste, Serra Catarinense e
Vale do Itapocu foram classificadas em risco potencial moderado.
O principal objetivo da matriz de risco é ser uma ferramenta
de tomada de decisão. Portanto, ajustes são necessários frente a dados que
possuem deslocamento temporal retroativo. Assim, devido aos artefatos nos dados
obtidos de outras instituições que tiveram contagens recentemente corrigidas,
foi realizado um ajuste de cenários. A nota final do mapa de risco considera um
intervalo de variação mais adaptado para cada nível, sendo de 1 a 1,9 como
moderado, 2 a 2,9 como alto, 3 a 3,9 como grave e igual a 4 como gravíssimo.
De forma geral, vê-se um quadro de melhora em todo o estado.
“É uma expectativa bastante alta de que essa melhora continue nas próximas
semanas, sempre reforçando que depende da população se vacinar com a primeira e
a segunda dose, afinal a imunização só vem com a segunda dose ou com a dose
única”, comenta a diretora da DITIG.
Segundo Bianca Vieira, esse é um cenário geral de Santa
Catarina bastante animador frente a todas as situações já vividas durante a
pandemia, mas alerta. “Não significa que não teremos mais uma onda. Pelo que
observamos do cenário internacional, mesmo os locais vacinados tendem a ter
mais uma onda de casos, mas não necessariamente de óbitos. É esperado que
venhamos a observar um certo aumento de casos nos próximos meses, a partir de
outubro. Porém deve-se ter atenção para se vai haver ou não aumento de óbitos,
pois esse indicador no momento teria haver com a situação da vacinação no
estado, a qual está bastante avançada”.
Matriz em novo formato
A matriz de risco para a Covid-19 desta quarta semana de
setembro de 2021 começa a ser apresentada em um novo formato estético, em
painéis. Construído pela equipe da DITIG, na sala de situação, a apresentação
dos dados é mais dinâmica, seguindo as mesmas informações, cálculos e
indicadores definidos na última alteração que houve em 31 de julho de 2021.
Foram elaborados sete painéis com as informações do Mapa de
Risco para Covid-19 em Santa Catarina. O primeiro possui uma apresentação sobre
o mapa e as dimensões; no segundo dois mapas, um da dimensão Gravidade e outra
da Transmissibilidade; no terceiro, um mapa da dimensão Monitoramento e outro
da Capacidade de Atenção; o quarto painel apresenta as classificações das
dimensões e do mapa das 17 regiões; o quinta mostra as notas dos indicadores
das regiões; o sexto, os dados brutos que foram parâmetros para as notas dos
indicadores; e o sétimo painel com as explicações de como funciona o Mapa de
Risco para a Covid-19 no estado.
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