Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O Ministério da
Educação (MEC) planeja criar uma universidade federal digital para, segundo o
ministro Milton Ribeiro, ampliar o acesso dos estudantes de todo o país à rede
pública federal de ensino.
“Queremos criar a primeira universidade federal
digital no país e ampliar o acesso a todos”, disse o ministro ao participar,
hoje (16), de audiência pública na Comissão de Educação do Senado.
Um documento preliminar do
Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social vinculada ao
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, de maio deste ano, cita a
avaliação de viabilidade da iniciativa entre as metas da Secretaria de Educação
Superior (Sesu-MEC) para promover a educação à distância nas instituições
federais de ensino superior por meio do programa Reuni Digital.
Nesta quinta-feira
(16), no Senado, o ministro Milton Ribeiro disse que a iniciativa segue o
modelo já implementado por outros países e respeita as diretrizes, metas e
estratégias definidas no Plano Nacional de Educação (PNE).
De acordo com o ministro, o uso das modernas tecnologias de informação podem
baratear os custos do ensino de qualidade.
“É isso que temos visto em grandes países que estão
desenvolvendo essa ferramenta. Vamos começar com alguns cursos e todos vão
poder ter acesso, pois com 400, 500 professores, eu posso atingir a milhões de
alunos no país todo, obedecendo às premissas do PNE”, disse o ministro.
O ministro lembrou
que, nos últimos anos, o orçamento das universidades federais foi impactado
pela crise econômica e, principalmente, pela pandemia da covid-19.
“Quando falamos em diminuição das verbas para as
universidades federais, eu concordo plenamente. Vejo que, em um passado não tão
distante, o orçamento do ensino federal era muito grande, muito maior do que o
que temos hoje”, disse Ribeiro
“Vale dizer que
vivemos tempo de guerra, de pandemia”, acrescentou o ministro, enfatizando que, na proposta orçamentária
para 2022, o ministério pede ao Congresso Nacional que autorize um aumento de
recursos para a pasta.
“A proposta que o Parlamento vai apreciar fala em
um aumento mínimo de cerca de 17% para as universidades federais, e de 28% para
os institutos federais. Por que isso? Porque temos 69 universidades federais
com 281 campi. E 38 institutos, Cetecs [centros educacionais técnicos], além do
Dom Pedro II. E esses, juntos, somam 670 campi. Então, além da visão política
de dar mais oportunidade à [formação] de mão de obra técnica, o número de campi
[do segundo grupo] é muito maior”, comentou Ribeiro.
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