O Ministério da Educação (MEC) estabeleceu, na segunda-feira (7), que as instituições
de ensino superior deverão retomar as aulas presenciais a partir de 1º de março
de 2021, desde que sigam os protocolos de prevenção da
Covid-19. A medida altera a decisão anterior, divulgada em 2 de dezembro, que previa a
retomada a partir de 4 de janeiro.
A nova portaria, assinada pelo ministro Milton
Ribeiro, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
Até o dia 28 de fevereiro, portanto,
instituições públicas e privadas poderão continuar usando atividades virtuais
para substituir o ensino presencial. Depois disso, os recursos digitais só
deverão ser utilizados em caráter excepcional e complementar.
A nova portaria acrescenta que os prazos poderão ser
modificados pontualmente, dependendo do avanço da pandemia da Covid-19. O
documento dá a possibilidade de autoridades locais suspenderem as atividades
letivas presenciais, levando em conta as condições sanitárias da região. Caso isso ocorra, as
instituições deverão comunicar a decisão ao MEC em até 15 dias.
Reunião com reitores
O MEC havia sido pressionado por
universidades federais após decidir, no início de dezembro, que a volta às
aulas presenciais ocorreria em janeiro. A medida foi criticada por reitores,
que afirmaram ser preciso considerar a situação local da pandemia antes de
reabrir as instituições de ensino.
No dia 6 de dezembro, o ministro Milton Ribeiro reuniu-se com representantes de universidades públicas e
privadas. Depois do encontro, ele se comprometeu a se pronunciar
"em breve" sobre a portaria.
A mudança no prazo foi divulgada no dia 7. A
Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) avaliou que a
nova portaria foi positiva, porque trouxe "mais clareza, flexibilidade e
autonomia para as instituições planejarem a volta às aulas com segurança".
“Temos agora um horizonte mais realista, cumprindo os
protocolos de biossegurança e garantindo o retorno seguro e gradual, de acordo
com as normas das autoridades locais", disse o diretor-presidente da
ABMES, Celso Niskier.
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