Foto: Freepik/Reprodução
Um possível caso de
homofobia contra criança em posto de saúde de Blumenau está sendo investigado
pela 6ª Promotoria de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC).
O caso teria ocorrido na unidade de Estratégia de Saúde da Família (ESF) Martin
Volles II.
De acordo com as movimentações do processo,
o médico atendeu o menino junto com a mãe no posto de saúde. Ao vê-lo, o médico teria afirmado que “ele parece uma menina”. Além disso, teria dito que o menino
“deveria cortar o pinto, pois uma menina não precisa de pinto”.
Ele foi além
dizendo que a mãe precisava “colocar logo um brinco nele, porque ele é uma
menina”. O médico teria dito ainda que a mãe “está criando um homossexual”.
“Depois não reclama no futuro, manda cortar esse cabelo dele”, concluiu a mãe
em seu depoimento.
O MP-SC, diante dos
fatos, instaurou um inquérito civil nesta semana para dar continuidade às
investigações.
Situação seria
frequente
Ainda de acordo com
o depoimento da mãe da criança, sua primeira atitude foi reclamar na ouvidoria
da Prefeitura de Blumenau. O responsável pela ouvidoria teria dito para ela que
esse não foi o primeiro caso de homofobia do médico, e que ela deveria
continuar em frente com a denúncia.
Além disso, após
fazer a primeira denúncia, o mesmo fato teria ocorrido com uma vizinha da
vítima.
“Ela me relatou o
caso dizendo que por diversas vezes durante a consulta ele mandava ela cortar o
cabelo do filho, pois ele era uma menina. Ela pediu para ele parar, mas mesmo
assim continuava, e ao pedir para atender ao filho o mesmo pediu que ele
deitasse na maca e baixasse o short para ele ver o pinto, isso se ele tivesse
um já que era uma menina”.
De acordo com
informações da 6ª Promotoria, ao ser ouvido pelo MP-SC, o servidor público
disse não se recordar desse atendimento e negou as acusações.
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