Foto: Agência Senado
A reunião da CPI da
Pandemia de sexta-feira (18) contou com a presença dos médicos Francisco
Cardoso e Ricardo Zimerman, que defendem o "tratamento precoce" para
Covid-19 com o uso de cloroquina e outros medicamentos. Marcada pela
participação principalmente de senadores governistas, o relator, senador Renan
Calheiros (MDB-AL), optou por não fazer perguntas e deixou a sala após as
explanações iniciais dos depoentes.
Questionado pelos
senadores, Francisco Cardoso disse que sua posição favorável ao tratamento
baseia-se em pesquisas, assim como em sua experiência pessoal. Para o médico, a
cloroquina foi demonizada após estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com a
Universidade Federal do Amazonas (Ufam) ainda nos primeiros meses da pandemia,
quando 22 pacientes morreram. Cardoso disse considerar que esse estudo é
"a maior vergonha científica dos últimos anos" e também garantiu que
a cloroquina tem base científica.
Já Ricardo Zimerman
destacou que o "tratamento precoce" não se resume à cloroquina, e que
ele apresentaria bons resultados na prática. O médico acrescentou que Arábia
Saudita e Irã incorporaram a hidroxicloroquina no tratamento contra a Covid-19,
devido aos bons resultados que alcançaram nesses países.
Em protesto contra
a fala do presidente Jair Bolsonaro em live na quinta-feira (17), a favor da
"imunização de rebanho", o relator da CPI, Renan Calheiros, comunicou
que preferia não fazer perguntas aos médicos. No entender do senador, o Brasil
tem falhado ao não se pautar exclusivamente na ciência no combate à Covid-19.
Após a fala ele se retirou, o que causou revolta nos senadores governistas.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook