O mercado financeiro continua a revisar a estimativa de
queda da economia em 2020. Pela 14ª semana seguida, piorou a expectativa do
mercado financeiro para o recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de
todos os bens e serviços produzidos no país. Desta vez, a previsão de queda
passou de 4,11% para 5,12%.
A estimativa consta do boletim Focus, publicação divulgada semanalmente
pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores
econômicos. A previsão para o crescimento do PIB em 2021 segue em 3,20% e para
2022 e 2023 contínua em 2,50%.
Dólar
A cotação do dólar deve fechar o ano em R$ 5,28. Na semana passada, a
previsão era R$ 5. Para 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$
5, contra R$ 4,83 da semana passada.
Inflação
As instituições financeiras consultadas pelo BC continuam a reduzir a
previsão de inflação de 2020. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) caiu pela décima vez seguida, ao passar de 1,76% para
1,59%.
Para 2021, a estimativa de inflação também foi reduzida, de 3,25% para
3,20%. A previsão para os anos seguintes – 2022 e 2023 – não teve alterações e
permanece em 3,50%.
A projeção para 2020 está abaixo da meta de inflação que deve ser perseguida
pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020,
com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou
seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.
Para 2021, a meta é 3,75% e para 2022, 3,50%, também com intervalo de 1,5
ponto percentual em cada ano.
Selic
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal
instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 3% ao
ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a
expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2,25% ao ano. A previsão anterior era
2,50% ao ano.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais
barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação
e estimulando a atividade econômica. Quando o Copom aumenta a taxa básica de
juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços
porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 3,50% ao ano.
Para o fim de 2022, as instituições reduziram a previsão de 5,50% ao ano para
5,25% ao ano e, para o fim de 2023, a estimativa segue em 6% ao ano.
>>>Clique e receba notícias do JRTV Jornal Regional diariamente em seu WhatsApp.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook