Os economistas do
mercado financeiro reduziram de 5,50% para 5,25% ao ano sua estimativa
para a taxa básica de juros no fim deste ano. Isso significa que eles esperam
um corte maior da taxa Selic em 2019.
A projeção constam no boletim de mercado também conhecido como relatório
"Focus", divulgado nesta segunda-feira (5) pelo Banco Central (BC). O relatório é resultado de levantamento feito na
semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
A revisão na expectativa do mercado aconteceu após o Comitê de Política
Monetária (Copom) do Banco Central reduzir, na última semana, o juro básico de 6,5% para 6% ao ano. Foi a primeira
redução em mais de 16 meses.
Com o movimento, a taxa Selic atingiu o menor patamar em mais de 30
anos, desde que o Banco Central deu início, em 1986, à série histórica da taxa
básica de juros.
Analistas ouvidos na
semana passada avaliaram que o comunicado do Copom, divulgado após o encontro,
deixou a "porta aberta" para novos cortes dos juros,
embora sem deixar claro o ritmo em que isso deve acontecer.
Para o fim de 2020, a previsão do mercado financeiro para a taxa Selic
permaneceu em 5,50% ao ano. Desse modo, os analistas passaram a prever alta dos
juros no próximo ano.
O Copom se reúne, a cada 45 dias, para calibrar o patamar da taxa Selic
buscando o cumprimento da meta de inflação, fixada todos os anos pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN).
Inflação e PIB
Na semana passada, os analistas do mercado mantiveram a estimativa de
inflação para este ano estável em 3,80%.
Com isso, a expectativa de inflação do mercado para este ano segue
abaixo da meta central, de 4,25%. O intervalo de tolerância do sistema de metas
varia de 2,75% a 5,75%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para
alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia
(Selic).
Para 2020, o mercado financeiro manteve a estimativa de inflação em
3,90%. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4% e terá sido
oficialmente cumprida se o IPCA oscilar entre 2,5% e 5,5%.
Sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de 2019, a estimativa de alta
permaneceu em 0,82% na semana passada. Para 2020, a previsão de crescimento do
PIB permaneceu estável em 2,1%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no
país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir
o comportamento da economia brasileira.
Outras estimativas
Dólar -
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019
permaneceu em R$ 3,75 por dólar. Para o fechamento de 2020, ficou estável em R$
3,80 por dólar.
Balança comercial - Para o saldo da balança comercial
(resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2019
subiu de US$ 52 bilhões para US$ 52,60 bilhões de resultado positivo. Para o
ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado avançou de US$ 46,40
bilhões para US$ 47,43 bilhões.
Investimento estrangeiro - A previsão do relatório para a entrada de
investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, ficou estável em US$ 85
bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas subiu de US$ 85,28 bilhões para
US$ 85,56 bilhões.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook