Milei encerra CPAC Brasil ao lado de Bolsonaro em Santa Catarina

Foto: Eduardo Valente/PL/Divulgação

Foto: Eduardo Valente/PL/Divulgação

08/07/2024 - 17h10

O presidente da Argentina, Javier Milei, encerrou, neste domingo (7), a quinta edição da Conferência de Política Ação e Conservadora (CPAC Brasil), em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Em sua fala, Milei estava acompanhado no palco por Bolsonaro, o governador catarinense Jorginho Mello (PL), o senador Jorge Seif (PL-SC) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), organizador do evento. A irmã de Milei, Karina Milei, secretária-geral do governo argentino, o porta-voz Manuel Adorni e o ministro da Defesa, Luis Alfonso Petri, também foram chamados para assistir ao discurso ao lado dos políticos brasileiros. Milei foi recebido pelo público com gritos de “Viva la libertad, carajo”. Ele cumprimentou Bolsonaro, chamando-o de presidente, e agradeceu Eduardo pela recepção, disse que se sentiu em casa e que é “sempre um prazer estar entre os amigos”.

Durante seu discurso, Milei criticou o que chamou de governos socialistas dos últimos 20 anos na América Latina, sem citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em sua primeira viagem ao Brasil desde que foi eleito, o presidente argentino ainda afirmou que Jair Bolsonaro (PL) é vítima de uma perseguição judicial no país e que a liberdade de expressão está questionada em grandes potencias mundiais. Para Milei, a “liberdade de expressão, valor fundamental da democracia, se encontra questionado nas principais potencias do mundo sob a desculpa de não ferir a sensibilidade de ninguém, ou respeitar supostos direitos de algumas minorias ruidosas”. Ele afirmou que é cada vez mais frequente ouvir que países em que se acreditava que “respeitavam os princípios básicos da democracia, se cometem aberrações em matéria de liberdade de expressão e censura”. O presidente argentino avalia que muitas pessoas veem esses conceitos como “abstratos”, mas, nas palavras dele, deveriam pensar duas vezes ao ver “o que lamentavelmente começa a ocorrer hoje no Brasil”.

O presidente argentino usou seu discurso para criticar o que chamou de “governos socialistas” dos últimos 20 anos na América Latina e disse que o único interesse dessas administrações é o “poder pelo poder”. “(Esses governos) Constituem uma receita do desastre econômico, social, político e cultural”, disse. “Uma relação de causalidade entre esses dois elementos não é coincidência”. Ele citou como exemplos Cuba, Nicaraguá e Venezuela, classificando as gestões desses países como “ditaduras sanguinárias”. Disse ainda que Bolsonaro sofre uma perseguição judicial no Brasil, mas sem entrar em detalhes. Nesta semana, o ex-presidente brasileiro foi indiciado pela Polícia Federal por peculato, lavagem e associação criminosa no caso das joias sauditas. Milei encerrou o discurso com três gritos de “Viva la libertad, carajo” e abraçou e deu as mãos a Bolsonaro antes de deixar o palco e seguir para o aeroporto.

 


  • por
  • Jornal Regional
  • FONTE
  • Jovem Pan



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