O Ministério da Agricultura proibiu a venda de seis marcas
de azeite de oliva considerados fraudados e impróprios para o consumo humano.
Os rótulos Oliveiras do Conde, Quinta Lusitana, Quinta
D’Oro, Évora, Costanera e Olivais do Porto devem ser recolhidos do mercado até
esta segunda-feira (8).
As redes de supermercado e atacado onde esses azeites
foram encontrados foram intimadas as informar os estoques existentes. As que
forem flagradas vendendo os produtos após advertência poderão sofrer multa de
R$ 5 mil por ocorrência, mais 400% sobre o valor comercial dos produtos.
Os distribuidores responsáveis pelas marcas são Rhaiza do Brasil Ltda, Mundial Distribuidora e Comercial Quinta da Serra Ltda.
As marcas fraudadas foram identificadas depois que uma
fábrica clandestina em Guarulhos, São Paulo, foi descoberta em uma operação
realizada pela polícia em 12 de maio. Lá, foram encontradas garrafas das marcas
Costanera e Olivais do Porto. Os azeites eram compostos de uma mistura de
óleos, sem a presença de azeite de oliva.
Após a descoberta da fábrica, o Ministério da
Agricultura realizou uma força-tarefa em Curitiba e São Paulo, na qual foram
testadas 54 marcas de azeite em grandes redes de varejo. Para comprovar a
fraude, foi utilizado um equipamento que emite raios infravermelhos, capazes de
fazer a leitura dos ácidos graxos que compõem o produto instantaneamente.
Amostras também passaram por um aparelho que detecta óleos refinados e
misturas, mesmo que em níveis muito baixos.
Foram analisadas 19 amostras do Oliveiras do Conde; 8 do Quinta Lusitana e 2 da
marca Évora.
A fiscalização encontrou os azeites fraudados no
comércio de oito estados, desde Alagoas até Santa Catarina.
Desconfie
do preço
O Ministério da Agricultura alerta que o consumidor deve
desconfiar de azeites muito baratos. Os produtos fraudados custam, em média,
entre R$ 7 e R$ 10, enquanto o verdadeiro azeite tem preço a partir de R$ 17.
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