Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
No dia em que o
Brasil atingiu a marca de 600 mil mortos pela pandemia, o ministro da Saúde,
Marcelo Queiroga, anunciou o plano de vacinação contra a Covid-19 para 2022.
Segundo o ministro, a pasta já adquiriu ou está em tratativas avançadas com
algum laboratório 354 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19.
Dessas, 134 milhões
de doses sobraram em 2021, outras 120 milhões estão em negociação junto à
AstraZeneca e mais 100 milhões junto à Pfizer. Caso seja necessário, o
Ministério da Saúde conta com mais 110 milhões de doses extras (também em
contratos com os dois laboratórios acima).
“Estamos mais
fortes para, no ano de 2022, fazer uma campanha mais bem consolidada ainda,
porque o nosso preparo em 2021 nos conferiu experiência e capacidade de o país
produzir vacinas com IFA nacional. O cenário é muito positivo e que me permite
assegurar que os brasileiros terão uma campanha muito eficiente em 2022, ano
esse, que com a ajuda de todos nós, será o ano do fim da pandemia da Covid-19”,
disse Queiroga.
60 anos ou + e
imunossuprimidos (2 doses).
18 a 60 anos (1
dose);
Abaixo dos 12 anos
- caso haja aprovação - vacinação primária (2 doses)
O
secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, destacou que a
programação pode mudar. “Esse é um planejamento validado com especialistas. É a
resposta que a gente tem hoje e essa é a estratégia de aquisição de vacinas para
2022. Lembrando que isso está sujeito à alteração devido ao surgimento de novas
evidências, mas a mensagem que a gente deixa é que caso as evidências mostrem a
necessidade de mais vacinas, nós já temos os instrumentos necessários para
fazer a aquisição dessas doses”.
Imunizantes
“Segundo a
resolução 475 da Anvisa, que materializa o que o ministro colocou, a figura da
autorização emergencial para medicamentos ou vacinas só faz sentido num
ambiente pandêmico. Quando se acaba ou se decreta o fim da pandemia ou da
emergência em saúde pública de importância nacional, deixa de existir a
autorização de uso emergencial”, afirmou.
No cenário atual,
membros do Ministério da Saúde creem que a pandemia pode acabar no ano que vem
e, que, portanto, não faria sentido comprar vacinas de imunizantes que não têm
autorização para uso fora de uma situação de emergência. “A vacina da Janssen é
diferente de outras vacinas porque já tem uma aceitação maior a nível mundial.
Acredito que ela obtenha o registro definitivo, assim como desejo fortemente
que a vacina CoronaVac também obtenha o registro definitivo. Se tiver uma
vacina emergencial e nós não pudermos usar mais no Brasil, uma das
possibilidades é o Brasil doar a outros países”, indicou Queiroga.
No entanto,
lamentou o número de mortos pela pandemia. “Quero registrar a nossa
solidariedade àqueles que perderam seus entes queridos em decorrência da
doença. Hoje, chegamos a marca de cerca de 600 mil óbitos. E também quero ser
solidário àqueles que tiveram a Covid e ficaram com alguma sequela”, disse
Queiroga.
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