Ministério da Saúde disponibiliza canetas de aplicação de insulina a diabéticos do tipo 2

17/04/2020 - 13h23

Em mais uma ação em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus, o Ministério da Saúde ampliou os critérios de disponibilização das canetas aplicadoras de insulina humana NPH e Regular no Sistema Único de Saúde (SUS). Além dos pacientes com diabetes mellitus tipo 1, os de tipo 2 também poderão retirar na rede pública os aplicadores de insulina. O limite de idade também mudou. Agora, menores de 16 anos e maiores de 60 anos de idade serão atendidos.

A iniciativa do Ministério da Saúde vai beneficiar mais pessoas com a doença, que é uma das principais comorbidades que podem causar o agravamento da Covid-19, principalmente em idosos.

De acordo com dados do ministério, pessoas com diabetes estão em segundo lugar no grupo de risco, ficando atrás somente de pessoas com cardiopatias.

Pessoas com diabetes não têm uma maior predisposição ao novo coronavírus, mas correm risco justamente porque podem ter a doença agravada em caso de infecção, como explica Fernando Valente, diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes.

“Pessoas com diabetes não parecem ter risco aumentado para contrair coronavírus, mas uma vez infectadas, podem ter evolução mais grave que a população em geral. O risco é especialmente maior nos idosos com 60 anos ou mais, na presença de complicação do diabetes ou de doenças concomitantes, como hipertensão arterial, e naquelas com níveis glicêmicos elevados, independente do tipo de diabetes.” 

A primeira vítima fatal do coronavírus no Brasil era um idoso que tinha diabetes e hipertensão. Segundo o endocrinologista, as pessoas com diabetes não precisam se preocupar durante a pandemia, desde que mantenham seus níveis glicêmicos baixos.

“Para pessoas com diabetes bem controlado, o risco de ficar gravemente doente pelo coronavírus é menor, quase igual ao da população geral.” 

Com a ampliação do uso para o tipo 2 e da faixa etária de 15 para até 16 anos de idade, a expectativa é que o acesso às canetas de insulinas, o que antes representava cerca de 15% da demanda do SUS, chegue a 30%.

Para garantir a manutenção do abastecimento da rede, o Ministério da Saúde fará o acompanhamento da demanda de frascos e canetas de insulina humana, a partir das informações de estoque e Consumo Médio Mensal (CMM), enviadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde, que devem refletir a realidade dos municípios.

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