O Ministério da
Saúde vai liberar R$ 369,7 milhões para potencializar o rastreio e o
monitoramento de contatos de casos da Covid-19. Com os recursos destinados aos
municípios, o órgão acredita que será possível conter a cadeia de transmissão,
reduzir o contágio do novo coronavírus e diminuir a quantidade de novos
infectados. A iniciativa consta em portaria publicada no Diário Oficial da
União (DOU), na última sexta-feira (4).
A ação é fruto de
uma articulação entre as secretarias de Vigilância em Saúde e Atenção Primária
à Saúde (APS). A ideia do Ministério da Saúde é que os profissionais de saúde a
nível municipal consigam identificar precocemente os casos da Covid-19 e seus contatos
próximos. Com o rastreamento e monitoramento dessas pessoas — possível graças à
capilaridade das unidades de saúde da APS — seria mais fácil quebrar a cadeia
de transmissão do vírus.
O secretário da
Atenção Primária em Saúde, Raphael Parente, destacou a importância da portaria.
Para ele, a ação será fundamental para impedir que a curva de contaminação
volte a subir.
“Nós estamos
reforçando o que já temos feito. Embora o rastreamento e monitoramento de
contactantes seja fundamental durante toda a pandemia, há dois momentos em que
é mais importante: no início, quando há poucos casos e, no segundo momento, que
é quando a curva está em descendente para mantermos ela assim até o fim”,
afirmou.
O Ministério da
Saúde também acredita que a medida vai ampliar a notificação e investigação de
casos suspeitos do novo coronavírus, já que a norma prevê o registro de todas
as informações no site sistema do e-SUS Notifica. Além disso, o órgão espera
que os gestores tenham mais ferramentas para analisar a real situação
epidemiológica local em relação à Covid-19. Assim seria possível planejar
estratégias mais eficazes no enfrentamento à doença.
Fiscalização
O Ministério da
Saúde vai monitorar se a portaria está sendo cumprida em cada região que
receberá os recursos. Para isso, o órgão exige que o profissional de saúde
esteja cadastrado no Sistema Nacional de Cadastro de Estabelecimentos de Saúde
(SCNES), cumprindo, no mínimo, 20 horas semanais; além disso, ele deverá
registrar as ações de rastreamento e monitoramento de contatos no sistema de
informação do Ministério da Saúde, o e-SUS Notifica.
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