Em audiência
pública da comissão mista que acompanha as medidas do Governo Federal para o
enfrentamento da pandemia, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello fez
um resumo a deputados e senadores sobre o montante empenhado até agora no
combate ao novo coronavírus, o que há de saldo e as próximas ações a serem
tomadas. Até o momento, foram destinados R$ 39,3 bilhões em crédito
extraordinário por meio de medidas provisórias, com a utilização de R$ 13,5
bilhões. Isso significa que o governo ainda tem, de saldo, R$ 25,8 bilhões que
ainda devem ser empenhados nas frentes às quais foram ligadas.
Pazuello explicou
que a Medida Provisória 969, que vai transferir aos estados e municípios R$ 10
bilhões para o enfrentamento à Covid-19, ainda está em andamento, mas outras
estão desembolsando os recursos de acordo com a necessidade, o que dá margem
para continuar firme no combate à pandemia.
“É interessante que
tenhamos ainda alguma reserva para poder manobrar. O percentual de saldo que
temos está bom. Tirando a 969 que ainda está em elaboração, temos outras como a
924. Estamos trabalhando na aquisição de EPIs e UTIs. Isso é um processo lento
e técnico e será atendido”, ressalta.
A Medida provisória
924 autorizou R$ 4,8 bilhões para a compra a aquisição de Equipamentos de
Proteção Individual e aluguel de leitos de UTIs, dos quais R$ 2,2 bilhões já
foram utilizados. A MP 947, que destinou R$ 2,6 bilhões também para a compra de
EPIs, além de ventiladores pulmonares, já empenhou mais de R$ 400 milhões,
deixando um saldo de R$ 2,2 bilhões que ainda serão utilizados. Ao todo, já
foram distribuídos mais de 115 milhões de equipamentos de proteção em todo o
país e, segundo o ministro interino, há estoque de emergência para que a
distribuição continue sendo feita de forma tranquila.
Próximos passos
Pazuello também
destacou que Centros de Referência para casos leves da Covid-19 estão sendo
montados nas comunidades mais carentes para acelerar os diagnósticos médicos
ainda no início da doença, com base em boas experiências já verificadas em
outros países. Ele também falou que uma das próximas estratégias será a
testagem em massa da população.
“Vamos trabalhar
com os municípios que estão se cadastrando, e montando esses Centros de
Referência. Os Centros também ajudam a triar, a verifica mais rapidamente se
aquele brasileiro está com sintomas da doença, para que possa ser encaminhado
para uma avaliação médica mais aprofundada. Esse é o grande objetivo e o que
vai salvar a vida de nossos cidadãos. É o atendimento imediato”, destaca Pazuello.
A nova orientação
do Ministério da Saúde aponta também para testagem em massa dos brasileiros. O
objetivo é testar cerca de 24% da população, algo em torno de 50 milhões de
pessoas: metade com testes rápidos, que indicam se a pessoa já teve contato com
o vírus; e metade com testes moleculares, que indicam a presença do vírus. A
diretriz já foi pactuada com estados e municípios.
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