Motorista é condenado a quase 74 anos por morte de casal em acidente em 2012

O casal Normélia e Milton Fior e as filhas Bárbara e Raquel (ao centro) | Foto: Reprodução/Facebook

O casal Normélia e Milton Fior e as filhas Bárbara e Raquel (ao centro) | Foto: Reprodução/Facebook

18/07/2019 - 08h41

Após mais de sete anos, o motorista que causou um acidente de trânsito que resultou na morte do casal Normélia e Milton Fior e foi condenado a 73 anos e 11 meses de prisão. O acidente ocorreu por volta das 22h de 6 de março de 2012. O casal retornava para casa, pela RS 223, no trevo de acesso a Ibirubá, quando foi atingido por um carro, que vinha na contramão e em alta velocidade. Além deles, um homem que era passageiro no veículo que provocou o acidente também morreu. 

Desde a ocorrência, as duas filhas do casal, Bárbara e Raquel Fior, passaram a atuar fortemente em busca de Justiça. Em maio de 2013, o Correio do Povo contou a história das irmãs. Raquel, em uma postagem em rede social, comentou a decisão da Justiça: "A saudade e o aperto no coração são diários e eternos, mas hoje o coração está mais tranquilo, porque sabemos que eles não partiram em vão. Temos a certeza de que as pessoas pensarão antes de acelerarem seus carros, antes de combinarem álcool e direção, de usarem seus carros como brinquedos, sem se importar com a vida daqueles que encontrarem no caminho!". Além disso, agradeceu aos apoios recebidos ao longos dos anos. "Obrigada aos amigos e a nossa família que sempre nos acompanharam, torceram, choraram, vibraram conosco", postou. 

No processo em questão, ele respondeu por dois homicídios qualificados (do casal que faleceu), por homicídio simples (passageiro que estava no carro dele que morreu), e mais duas tentativas de homicídios – por outras duas pessoas que estavam no carro também e sobreviveram. Segundo foi apurado pelo laudo do IGP, a velocidade do veículo era de 196,7 km/h e ele vinha em "zigue zague" na rodovia. Além disso, o motorista havia ingerido bebida alcoólica e estava com os faróis apagados, conforme o IGP. 

O réu ainda poderá recorrer da decisão, mas não em liberdade. Ele já está no presídio de Passo Fundo, desde 27 de maio deste ano, onde cumpre pena por outro processo.

Vida Urgente

Para a Fundação Thiago Gonzaga, manifestou-se sobre a decisão, por meio de nota, uma vez que acompanhou o processo junto às filhas do casal, Raquel e Bárbara Fior. "O entendimento de que há dolo – assumiu o risco de matar – já que o motorista dirigia embriagado em alta velocidade é um importante marco jurídico e legal. Esse desfecho reforça a ideia de que acidente de trânsito não é uma fatalidade; quando envolve imprudência, trata-se de um crime", diz a nota.


  • por
  • Jornal Regional
  • FONTE
  • Correio do Povo



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