O Plenário do Senado
aprovou o texto da medida provisória que cria o Programa Emergencial de Crédito
para Pequenas e Médias Empresas (Peac-FGI) e facilita o acesso a recursos para
a manutenção desses negócios. Com 73 votos favoráveis, os senadores aprovaram
de forma unânime a MP 975/2020, que segue para sanção de Jair Bolsonaro na
forma do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 24/2020.
A proposta tenta
atenuar os impactos causados pela pandemia de Covid-19 e prevê abertura de duas
linhas de crédito. A primeira é voltada para empresas de pequeno e médio porte
com faturamento bruto em 2019 de R$ 360 mil a R$ 300 milhões. Nessa modalidade,
30% dos recursos emprestados aos negócios por instituições financeiras têm
garantia da União. No total, R$ 20 bilhões vão complementar o Programa Nacional
de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) através do Fundo Garantidor de
Investimentos (FGI).
A segunda linha de
crédito, chamada de Peac-Maquininhas, é voltada para microempreendedores
individuais (MEI), microempresas e empresas de pequeno porte que tenham
realizado vendas por meio de máquinas de pagamento. Os empresários poderão ter
acesso a empréstimos dando como garantia o chamado crédito fumaça, valores
ainda a receber de vendas futuras de seu próprio negócio.
O relator da proposta,
senador Marcos Rogério (DEM-RO), avalia que a paralisação das atividades em
virtude da pandemia atingiu em cheio as receitas de micro, pequenos e médios
empreendimentos. Para Rogério, a aprovação é uma resposta ao cenário da
crise.
“O PLV cria condições
para que o crédito chegue mais facilmente à ponta, isto é, aos agentes
econômicos que tanto necessitam de recursos para manter seus negócios em
funcionamento”, ressaltou o senador.
Depois que chegou
ao Senado, 36 das 207 emendas sugeridas foram incluídas. Marcos Rogério
defendeu a aprovação do texto na forma como veio da Câmara dos Deputados,
mas garantiu que a redação final foi aprimorada para destravar o crédito. “[A
MP] ampliou o escopo do programa inicialmente tratado pela medida provisória de
modo a permitir não apenas o apoio na forma de concessão de garantia, mas
também na forma de concessão de operações de crédito”, disse o o relator
durante a sessão remota.
Parlamentares
elogiaram o trabalho do relator e consideram a aprovação do projeto uma
ferramenta para aliviar as dificuldades enfrentadas pelos empresários. O
senador Álvaro Dias (Podemos-PR) classificou a MP como “necessária e
fundamental” para proteger as pequenas empresas, como forma de manutenção de
empregos. O senador Marcelo Castro (MDB-PI) salientou que o programa
emergencial é “uma das mais importantes medidas de enfrentamento da crise
causada pela Covid-19.”
Já o presidente do
Senado, Davi Alcoumbre (DEM-AP), declarou ao fim da votação que “o Senado deu
mais uma demonstração que trabalha com grandeza” e que está empenhado em
atender as necessidades da população.
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