A procuradora da República Analúcia Hartmann, do Ministério Público Federal (MPF) em Santa Catarina reforça o pedido de apoio e colaboração com a campanha da Frente Indígena e Indigenista de Prevenção e Combate ao Coronavírus em Terras Indígenas da Região Sul do Brasil.
É crescente, segundo a procuradora, a preocupação com a situação de especial vulnerabilidade dos povos indígenas Guarani, Kaingang e Laklãnõ/Xokleng da região Sul neste momento em que a pandemia do coronavírus está se aproximando cada vez mais das aldeias.
De acordo com a Frente Indígena de Prevenção e Combate ao Coronavírus os povos indígenas de Santa Catarina e dos ouros dois estados do Sul, são vulneráveis por três razões que merecem a atenção:
Primeiro, porque as aldeias e os acampamentos indígenas em Santa Catarina em sua maioria se situam próximo as áreas urbanas, o que as expõe agudamente ao risco de contágio pelo coronavírus.
Segundo, porque as comunidades indígenas são contextos propícios a uma rápida disseminação do vírus pela forma de convivência social das famílias, que são numerosas e contam com muitos idosos e crianças vivendo juntos e em contínuo contato.
E, terceiro, porque uma atividade econômica fundamental para a subsistência das comunidades é a comercialização de artesanato e como não podem obter essa renda durante a quarentena, é crucial proporcionar segurança alimentar aos povos indígenas nas atuais condições de isolamento.
A Frente é coordenada por Joziléia Daniza Kaingang, doutoranda do PPGAS-UFSC e coordenadora pedagógica do curso Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica, da UFSC, e dos egressos Eunice Antunes (Kerexu Yxapypy) e Davi Timóteo Martins (Werá), também mestrando no PPGAS-UFSC.
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