Divulgação
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da
40ª Promotoria de Justiça da Capital, ofereceu mais uma denúncia contra
suspeitos por integrarem célula nazista e praticarem crimes de racismo e
disseminação do ódio com uso de armas de fogo. A denúncia, desta vez,
envolve seis possíveis integrantes que agiam em São Miguel do Oeste, Joinville,
Florianópolis e São José. Os envolvidos são réus na ação, já que a Justiça
aceitou a denúncia neste sábado (17/12) e também, a pedido do Ministério
Público, converteu as prisões temporárias em preventiva. "Para
garantir a ordem pública pedimos a conversão das prisões em preventivas",
explicou o Promotor de Justiça Rodrigo Millen Carlin. Eles são réus por
supostamente cometerem crimes de praticar, induzir ou incitar a discriminação
ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
A Polícia Civil chegou até a célula nazista depois de prender
um dos réus em flagrante por tráfico de drogas na cidade de São Miguel do
Oeste. Durante o flagrante e a apreensão de objetos foi descoberta a célula
nazista em atividade. De acordo com as investigações o grupo - que tinha seus
integrantes em São Miguel do Oeste, Joinville, Florianópolis e São José -
chegou a se encontrar em um sítio no município de Biguaçu. No local realizaram
uma série de discursos de ódio contra judeus, pronunciamentos em língua alemã e
idolatrando Adolf Hitler, utilizando a bandeira com emblema da cruz suástica,
cercados de misticismo nazista e realizações de rituais e até treinamentos
paramilitares com porte ilegal de armas. O grupo registrava tudo em fotos,
vídeos e conversas em aplicativos de mensagens.
Segundo a denúncia do Ministério Público "os vídeos e
imagens reunidos mostram que todos os envolvidos estavam neste sítio prestando
apoio àquelas condutas, estando vinculados subjetivamente na prática da
discriminação, desrespeito e preconceito à religião judaica".
Durante as investigações foi possível comprovar ainda, que este encontro foi
marcado e divulgado na internet com a intenção de divulgação ao nazismo. Na
casa de um dos acusados foram encontrados grande quantidade de material de
cunho racista e nazista e ainda uma série de conteúdos de pornografia
envolvendo crianças e adolescentes.
Com o grupo foram apreendidos celulares, notebooks, facas,
roupas com símbolos nazistas, capacetes modelo da segunda guerra mundial,
apostilas e livros sobre o tema, munições, armas de fogo e diversos materiais
de ideologia nazista. De acordo com o Promotor de Justiça "além de
fotografias e vídeos do grupo cometendo atos de discriminação da religião
judaica e contínua idolatria ao nazismo, veiculavam, ostentavam e difundiam
símbolo que utilizava a cruz suástica para fins de divulgação do nazismo.
Estavam também associados, de forma estável e permanente, para o fim específico
de cometer crimes, sendo que a associação era armada", aponta o Promotor
de Justiça na denúncia.
Os seis réus estão presos preventivamente desde o dia 20 de
outubro. A denúncia foi apresentada pela 40ª Promotoria de Justiça da Comarca
da Capital, com atribuição para atuar nos casos de crimes de ódio e racismo em
todo o território catarinense.
>>>PARTICIPE DO GRUPO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook