São tempos
difíceis, todos sabemos, em que sacrifícios são exigidos e em que as
instituições devem exercer a tarefa de garantir os valores que a sociedade as
incumbiu de defender. O Ministério Público catarinense não tem fugido da
responsabilidade que a pandemia da covid-19 lhe impõe, sem esmorecer na defesa
da saúde da população, mas, ao mesmo tempo, mantendo seus olhos abertos para os
efeitos econômicos e sociais decorrentes das medidas sanitárias efetivadas.
Além da face mais
visível da atuação do Ministério Público, com a defesa jurídica das normas
protetivas da saúde pública, por exemplo, há uma ampla gama de ações que a
Instituição tem promovido em todo o Estado, em defesa da população que sofre as
consequências das restrições atuais.
Desde o início da
pandemia, o MP catarinense criou grupos de trabalho para auxiliar as
Promotorias de Justiça espalhadas pelo Estado. A partir dessa atuação, várias
ações foram articuladas em todo o Estado em defesa da população, em especial
daquela menos favorecida.
Nessa linha, o MP,
por seus Membros, emitiu a diversos Prefeitos Municipais uma série de
recomendações para garantir, por exemplo, a continuidade do fornecimento da
merenda escolar, que para muitas famílias catarinenses, lamentavelmente, ainda
se constitui na principal refeição do dia de suas crianças.
Também reforçamos a
necessidade da continuidade do funcionamento dos serviços assistenciais à
população mais carente, sem descurarmos de diversas orientações acerca da
cautela aos gestores públicos para a aquisição de bens em regime de emergência.
Além disso, estamos
atuando no mapeamento e na proteção dos idosos acolhidos em entidades de longa
permanência, na defesa dos consumidores e na fiscalização do processo de readaptação
escolar por todas as entidades de ensino catarinenses.
O desafio mundial
do momento é de saúde pública, mas os problemas sociais que enfrentamos
cotidianamente continuam. A crise é para todos, mas afeta mais fortemente a
população mais vulnerável. O Ministério Público catarinense tem um dever de
proteção a toda essa gama de pessoas que não foi e não será esquecida.
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- por
- Jornal Regional
- FONTE
- Alexandre Estefani, Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais do Ministério Público de Santa Catarina.
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