Como tem procedido desde o início das investigações, ao final de cada fase em que o sigilo não se faz mais necessário, o chefe do Ministério Público de Santa Catarina, Fernando da Silva Comin, tornou pública mais uma etapa da Operação O2.
Na noite desta
segunda-feira (27/7), após concluir a fase de instrução do Inquérito Civil n.
06.2020.00001921-9,que apura eventuais atos de improbidade administrativa na
compra emergencial pelo Estado de 200 ventiladores pulmonares, a força-tarefa
retirou o sigilo das investigações.
Ao tornar público o
procedimento, a fim de atender ao princípio da transparência, prática que vem
sendo adotada desde que a força-tarefa O2 foi constituída, também foi deferido
o compartilhamento dos autos com a Comissão Parlamentar de Inquérito da
Assembleia Legislativa (CPI) criada para apurar possíveis irregularidades na
compra dos respiradores. Reiteradas vezes, o MPSC indeferiu o
compartilhamento das provas tanto para a CPI como para a OAB a fim de nãoo
atrapalhar as diligências que estavam em curso.
"Em regra, os
atos do Estado e de seus agentes devem ser públicos. E diante do fato de que o
sigilo do feito não é, no momento, uma necessidade para o adequado
desenvolvimento da investigação e de que não há provas protegidas por reserva
de jurisdição, não há motivos para manter o decreto do sigilo dos autos",
explicam os integrantes da força-tarefa. As informações que dizem respeito à
apuração criminal fazem parte de investigação sigilosa no Superior Tribunal de
Justiça (STJ).
A força-tarefa O2
já colheu cerca de 60 depoimentos e analisou uma série de documentos
apreendidos durante as buscas e apreensões deflagradas durante o curso das
investigações. A apuração ainda segue.
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