O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) iniciou um
levantamento para verificar se, e como, as instituições de longa permanência
para idosos estão implantando as medidas sanitárias protetivas e qual o
encaminhamento dado aos casos suspeitos ou confirmados de covid-19. Para tanto,
encaminhou um formulário para os mais de 200 asilos
cadastrados, com uma série de questões a serem respondidas.
O formulário foi elaborado pelo Centro de Apoio Operacional dos Direitos
Humanos e Terceiro Setor do MPSC (CDH) e requer informações de como estão sendo
conduzidas as orientações das autoridades sanitárias relativas à prevenção da
covid-19 e quais as condições de cada entidade. Cerca de 80 instituições que
atendem, no total, mais de 2 mil idosos, já responderam ao Ministério Público.
O CDH quer saber, por exemplo, se os funcionários estão fazendo uso de máscara,
se houve trabalhador ou idoso com suspeita ou diagnosticado com covid-19 - e,
caso positivo, quais as medidas adotadas -, se visitas estão restritas, se
funcionários e residentes foram vacinados contra influenza, se a entidade
possui leitos isolados para os casos suspeitos ou confirmados e se há
dificuldade de acesso aos serviços de saúde de cada localidade.
A partir das respostas, o MPSC terá um diagnóstico da situação das
instituições de longa permanência para idosos de todo o Estado, possibilitando
a proposição de políticas públicas específicas para o setor. Eventuais casos
que possam demandar alguma medida urgente do Ministério Público são
encaminhados diretamente ao Promotor de Justiça da comarca onde está localizada
a entidade, para adoção das medidas extrajudiciais ou judicias que entender
cabíveis.
"Proteger a população idosa é uma necessidade e obrigação do
Ministério Público de Santa Cataria e de toda a Sociedade, razão pela qual foi
confeccionado o formulário. O Objetivo é conhecer as dificuldades que as
instituições de longa permanência para idosos localizadas no Estado estão
enfrentando com o objetivo de somar esforços para saná-las, garantindo a
execução das ações de prevenção à propagação do vírus nesses espaços",
considera o Coordenador do CDH, Promotor de Justiça Douglas Roberto Martins.
Além de facilitar e
agilizar a comunicação entre as entidades e o MPSC, o formulário permite
realizar um diagnóstico do Estado e dos Municípios, orientando a política
pública. "Pretendemos construir painéis de Business Intelligence com os
dados recebidos, que poderão ser consultados por Promotores e Promotoras de Justiça,
pelo Estado de Santa Catarina, pelos Municípios e pelo Conselho Estadual do
Idoso, auxiliando na definição da política pública", conclui o Coordenador
do CDH.
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