A mulher reinfectada pela nova cepa do coronavírus,
no Amazonas, tinha anticorpos contra a Covid-19 dias antes da segunda contaminação.
A informação foi confirmada por pesquisadores da Fiocruz
(Fundação Oswaldo Cruz).
As evidências estão em um artigo publicado na segunda-feira (18) pelo coordenador do estudo, Felipe Naveca, da Fiocruz Amazônia, no fórum de discussões Virologist.Org.
“Estudos urgentes são necessários para determinar se a reinfecção com linhagens emergentes que abrigam a mutação é um fenômeno generalizado ou está limitado a alguns casos esporádicos”, escreveu Naveca.
A paciente de 29 anos foi
diagnosticada pela primeira vez com a doença em março. Em dezembro, dias antes
de receber um novo resultado positivo para a Covid-19, ela fez um teste rápido
que detectou a presença de anticorpos IgG.
A mulher relatou que fez o teste antes de participar de uma
confraternização de fim de ano com outras dez pessoas no dia 19 de dezembro do
ano passado. Um dos participantes testou positivo para a Covid-19 dias depois.
Em seguida, a jovem apresentou
febre, tosse, dor de garganta e de cabeça, diarreia, perda do olfato e paladar,
coriza e oximetria de pulso em repouso de 97%. Três dias depois ela recebeu o
novo diagnóstico.
O IgG é um anticorpo que costuma permanecer no organismo por mais tempo, conferindo imunidade de longo prazo.
No caso da Covid-19, ainda não se sabe por quanto tempo ele pode garantir
proteção contra o patógeno. O estudo da Fiocruz sugere que, mesmo as pessoas
que se contaminaram com o vírus Sars-CoV-2 e criaram uma resposta imune, não
estão livres de sofrer uma nova infecção.
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