Imagem: Ilustrativa
Três mulheres que mentiram sobre uma acusação de estupro em
Itapiranga foram condenadas a pedido do Ministério Público de Santa Catarina.
Uma mulher foi condenada por extorsão, denunciação caluniosa
e fraude processual e as outras duas, sendo inclusive uma delas Advogada, por
denunciação caluniosa e fraude processual. No mesmo processo, outros dois réus,
uma mulher e um homem, foram condenados por falso testemunho.
As penas variam de 2 a 8 anos de reclusão, além do pagamento
de dias-multa. As penas menores foram substituídas por prestação de serviços à
comunidade e prestação pecuniária em favor do Fundo de Transações Penais da
comarca. A ré condenada por extorsão também foi sentenciada a pagar R$ 5 mil à
vítima, a título de danos morais.
Entenda o caso
De acordo com a denúncia, o crime de extorsão foi praticado
no dia 15 de março de 2022, quando uma das mulheres ameaçou a vítima, um homem.
Ela disse que iria denunciá-lo por assédio sexual em razão de ele ter enviado
fotos íntimas a ela e supostamente a neta dela tê-las visto. Ela fez com que
ele assinasse uma nota promissória no valor de R$ 20 mil.
Já os crimes de denunciação caluniosa foram praticados no dia
29 de março de 2022. Naquela tarde, duas das rés, orientadas pela advogada,
foram à Delegacia de Polícia Civil e relataram que o homem havia estuprado uma
delas. Apesar de a ocorrência ter sido registrada por uma das denunciadas, as
outras duas foram responsáveis por auxiliar no ajuste dos detalhes do suposto
crime de estupro e arquitetar como ele teria ocorrido.
Naquela noite, duas delas, com o intuito de produzir provas
contra a vítima, orientadas pela advogada por aplicativo de mensagens,
ofenderam propositalmente a integridade física da ré que "teria sido
vítima de estupro", causando-lhe machucados nas mamas e no ombro direito.
As lesões foram constatadas posteriormente por perito criminal, dando origem a
um laudo pericial. Com isso, elas praticaram o crime de fraude processual.
No processo, o Promotor de Justiça, Tiago Prechlhak Ferraz,
explica que o que efetivamente ocorreu foi o envio espontâneo de fotografias
íntimas pelo homem para uma das rés, que, de posse das imagens, iniciou ameaças
para que a vítima efetuasse o pagamento de R$ 20 mil para que ela não o
denunciasse às autoridades policiais pelo assédio sexual.
Após a vítima informar que havia registrado boletim de
ocorrência pela extorsão sofrida, a ré que disse ter sido vítima de estupro,
agindo em conjunto com as outras duas, registrou o boletim de ocorrência
imputando falsamente ao homem o crime de estupro, do qual ela sabia que ele era
inocente.
O crime de falso testemunho foi praticado na tarde de 18 de
abril de 2022, quando os outros dois réus, uma mulher e um homem, foram à
delegacia e fizeram afirmações falsas como testemunhas compromissadas no curso
da investigação do inquérito policial que apurava o crime de extorsão.
- por
- Jornal Regional
- FONTE
- Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC - Correspondente Regional em Chapecó
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