Na primeira partida após a demissão do técnico Odair Hellmann, o Inter
não saiu do 0 a 0 contra o Santos, na tarde deste domingo, no Beira-Rio. As
equipes até chegaram a marcar – o Colorado duas vezes e o Peixe, uma –, mas
todos os gols foram anulados por impedimento. Em campo, os mandantes oscilaram
fizeram duas metades de jogo distintas, sendo dominado na maior parte do
primeiro tempo e controlando a etapa complementar.
O treinador interino Ricardo Cobalchini não promoveu muitas mudanças em
relação à equipe que havia iniciado a última partida. A principal alteração foi
a escalação de Zeca no lugar de Uendel, na lateral-esquerda, e o retorno de
D’Alessandro aos 11 iniciais. Enquanto o primeiro teve atuação discreta, o
capitão teve participação efetiva, comandando o meio campo e sendo o homem de
referência na intermediária.
Com o resultado, o Colorado vai a 39 pontos e pode perder o sexto lugar,
para o Grêmio, se afastando ainda do G4 e da classificação direta para a
Libertadores. O Santos, com 48, acaba a 25ª rodada em terceiro, ultrapassado
pelo Palmeiras.
Santos
começa melhor
O Santos começou o jogo apertando a saída de bola do Inter e levando
perigo à goleira colorado. Com forte marcação no meio campo, os visitantes
roubaram a posse pouco antes dos dois minutos na intermediária e arrancaram em
velocidade com Sasha, que chutou em direção ao gol; a bola cruzou a grande área
e encontrou Tailson. O camisa 39 colocou para o fundo da rede, mas teve o gol
corretamente anulado pelo bandeirinha por impedimento.
Pressionando, o Peixe empurrava os colorados para o campo defensivo e
encontrava espaços pela esquerda, sobretudo com Tailson, nas costa de Heitor.
Aos 9 minutos, o atacante recebeu e entrou na área sem dificuldades finalizou
colocado, alto demais. Pelo outra lado, o Colorado fazia a bola rodar com
D'Alessandro como figura principal. Articulador da equipe, ele buscava a
triangulação com Nico López e Guilherme Parede, os homens do ataque, mas a
marcação compactada dificultava a criação.
A estratégia do técnico Jorge Sampaoli parecia funcionar. Aos 16, sua
equipe teve outra boa chance, novamente com Tailson. Ele bateu cruzado, com
efeito, pela esquerda. Lomba quase foi traído, mas fez a defesa com a mão
esquerda. No rebote, de dentro da pequena área, Marinho chutou para fora.
Aos poucos, o Inter começou a dissolver a pressão santista na tabelação
curta e com velocidade. No vacilo de Luan Peres, Nico López roubou a bola e
deixou o zagueiro no chão após drible. No andamento do lance, buscou Heitor,
que arriscou de perna direita. A bola atravessou a área e saiu pela linha de
fundo na melhor chance colorada do primeiro tempo. Aos 27, o jovem tentou de
novo – quase do mesmo lugar – após inversão de Patrick.
O jogo, então, esfriou. O Santos teve uma mudança de postura – recuou o
começou a trocar passes no campo defensivo –, mas continuou com vantagem nas
jogadas. Contando com erro na saída, aos 37, após saída errada do Inter, Ferraz
tabelou com Marinho e cruzou para a área; no meio do caminho, Heitor conseguiu
afastar de cabeça pela linha de fundo. Logo depois, Jorge recebeu de Marinho na
entrada da área e bateu firme, com efeito. A bola passou perto do gol de Lomba
em outra boa chance para o Santos. No final do primeiro tempo, o Inter teve um
desfalque importante. O volante Rodrigo Lindoso sentiu lesão e pediu para ser
substituído. Bruno Silva entrou em seu lugar.
Gols
anulados e pressão colorada
Assim no primeiro tempo, a segunda parcial teve um gol anulado logo nos
primeiros minutos. Em contra-ataque, Nico foi lançado em velocidade e avançou
pela esquerda. Buscou Patrick, que bateu em direção ao gol. O goleiro falhou e
bola cruzou a linha da goleira. No entanto, enquanto os jogadores do Inter
comemoravam, o bandeirinha anulou por impedimento do uruguaio no início da
jogada. O Santos deu resposta rápida. Tailson cobrou falta na área, e Lomba
saiu mal, dividindo com Roberto. A bola sobrou para Lucas Veríssimo, que
cabeceou para fora e levou às mãos à cabeça, incrédulo.
Mais atento e impositivo no meio campo, o Colorado começou a criar mais.
Aos 11 minutos, Roberto puxou contra-ataque com Edenílson, que encontrou Parede
em meio à zaga. Na velocidade, ele ganhou do marcador e colocou por cima de
Everson. Saiu comemorando ao lado dos companheiros. De novo, a alegria durou
pouco. Com o auxílio do VAR, o árbitro anulou o gol, porque o jogador estava em
posição de impedimento. Durante a espera os técnicos Cobalchini e Sampaoli
discutiram e levaram cartão amarelo.
A partida continuou com as equipes buscando espaços em meio à marcação
compactada. Sem muitos brechas, restava tentar de longe. Aos 25, Everson fez
linda defesa após chute de longa distância de Cuesta, que viu a oportunidade. O
argentino mandou uma bomba de fora da área, com muito efeito. Sem muita
qualidade das duas equipes, a partida esquentou com muitas faltas e
reclamações, inclusive em um lance em que o Inter pediu pênalti em Patrick.
O camisa 88 deixou o campo para dar lugar a Neilton, que, aos 37, recebeu
de D'Alessandro na área e ajeitou para Nico, que adiantou demais e Everson
ficou com a bola. Neilton e entrou com vontade e, aos 39, aproveitou
corte errado de Gustavo Henrique e finalizou com muita categoria. Nos momentos
finais, só deu Inter, mas a bola insistia em não entrar. Até o apito final.
Inter
x Santos | Brasileirão 2019
Inter:
0
Marcelo Lomba, Heitor, Roberto, Victor Cuesta, Zeca, Lindoso
(Bruno Silva), Edenilson, Patrick (Neilton), D'Alessandro, Nico López
(Wellington Silva), Guilherme Parede
Santos:
0
Everson, Victor Ferraz (Jean Mota), Gustavo Henrique, Lucas Veríssimo,
Luan Peres, Diego Pituca, Evandro, Jorge, Sasha, Marinho (Uribe), Tailson
(Alison)
Cartões amarelos: Marinho, Uribe, Jean Mota e Sampaoli (Santos);
Cuesta, D’Alessandro e Cobalchini (Inter)
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