O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro,
afirmou nesta sexta-feira, 08, que Santa Catarina está pronta para iniciar a
vacinação contra a Covid-19 assim que receber as primeiras doses do Ministério
da Saúde. Segundo o secretário, toda a parte logística já está preparada para
fazer a distribuição aos municípios, que serão os responsáveis pela aplicação
das doses na população. Ele considerou positiva a notícia da formalização do
contrato entre o Ministério e o Butantan para o fornecimento da Coronovac,
anunciado na quinta-feira. Se o calendário de descentralização das vacinas
proposto pelo Ministério for cumprido, o início da imunização em Santa Catarina
deve ocorrer entre o fim de janeiro e o começo de fevereiro.
“Nós estamos preparados na questão logística, de distribuição
e insumos. Hoje temos uma quantidade suficiente de materiais para atender as
primeiras fases da campanha de vacinação. O Plano Estadual de Vacinação fala
sobre o recebimento e a distribuição das vacinas, de maneira que nós possamos
atender de forma adequada e imediata a população”, afirmou Motta Ribeiro.
O secretário da Saúde destacou ainda que o Plano Estadual de
Vacinação prevê a imunização, em um primeiro momento, de quatro grupos
prioritários. Na primeira fase, serão vacinados profissionais da saúde, idosos
acima de 75 anos, pessoas de 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa
permanência e a população indígena. A segunda fase vacinará aqueles com idade
entre 60 e 74 anos.
Na terceira fase, a imunização ocorrerá no grupo que
apresenta alguma comorbidade (diabetes, doença renal, doença respiratória crônica,
câncer, hipertensão, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos
que receberam transplante de órgãos, anemia falciforme e obesidade grave). Por
fim, na quarta fase, serão professores, profissionais da segurança pública, do
sistema prisional e de salvamento. Somados, todos esses grupos representam 2,8
milhões de pessoas.
A vacinação do restante da população ocorrerá depois da
imunização dos grupos prioritários. Segundo o secretário, é provável que a
vacinação ocorra ao longo de todo o ano de 2021. Por conta disso, ele reforçou
a necessidade de que as pessoas sigam as regras sanitárias, com o uso de máscaras,
o distanciamento social e higienização frequente das mãos.
“O fato de receber a dose da vacina não significa que a
questão está resolvida. O vírus continuará entre nós em 2021, assim como esteve
em 2020. É preciso manter atenção às regras sanitárias”, ressaltou o
secretário.
Motta Ribeiro também lembrou o Governo do Estado possui R$
300 milhões separados em caixa para a compra de vacinas, caso seja necessário,
mas que está alinhado com o Plano Nacional de Imunização. Ele contou ainda que
estão sendo mantidas conversas com os municípios sobre as estratégias de
imunização, inclusive com o treinamento dos vacinadores.
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