Associações do
Tribunal de Contas da União (TCU) e organizações ligadas ao combate à corrupção
recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para interromper a emissão de
novos lotes de notas de 200 reais ou
para fixar uma data limite para o fim da circulação.
O documento foi encaminhado à ministra Carmen Lúcia, relatora da petição impetrada em agosto do ano passado sobre o mesmo tema.
Sem estrutura financeira no país
Na ação, as oito
organizações alegam que o Brasil não tem estrutura financeira para a circulação
das cédulas, além da pouca utilização das notas nos pagamentos do auxílio emergencial.
As entidades alegam que foi gerado um superfaturamento para a impressão, mas
somente 12% do prometido pelo Banco Central foi emitido.
Na visão das
entidades, o fim do auxílio emergencial e a chegada das vacinas contra a
Covid-19 estimulam as atividades comerciais e econômicas e, por consequência,
diminuem a necessidade de utilização da nota.
Atos de corrupção
As entidades
defendem que a impressão das cédulas de R$ 200 fomenta atos de corrupção e de
criação de quadrilhas especializadas em roubos a caixas eletrônicos e
transportadoras de valores.
“Sabe-se que as
melhores práticas internacionais recomendam a restrição ao uso de cédulas de
alto valor em razão da forte preferência do crime organizado pelas notas
maiores, uma vez que favorecem o transporte e a ocultação de montantes mais
altos, beneficiando indivíduos e organizações criminosas que movimentam
dinheiro vivo, obtido em atividades como corrupção, tráfico de drogas, de
armas, evasão de divisas e contrabando, cujas transações que são feitas fora do
sistema bancário, preferencialmente com esses bilhetes”, defende a carta.
Assinam a carta os
representantes do Instituto Não Aceito Corrupção, Transparência Partidária,
Confederação Nacional das Carreiras e Atividades Típicas de Estado,
Transparência Brasil, Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos
Tribunais de Contas do Brasil, Ministério Público Democrático, Associação da
Auditoria de Controle Externo do Tribunal de Contas da União e Associação
Nacional do Ministério Público de Contas.
Caberá agora a
ministra Carmen Lúcia seguir com o pedido na Corte.
>>>PARTICIPE DO GRUPO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook