O Gripen, novo caça da Força Aérea Brasileira (FAB), fez
nesta segunda-feira (26) o voo de estreia em Linköping, no sul da Suécia.
O voo de estreia durou pouco mais de uma hora. Os suecos homenagearam o
Brasil com a pintura da bandeira no estabilizador vertical do avião. Nas asas,
o azul também foi incluído como parte da identidade visual brasileira do caça.
Os pilotos fizeram manobras em diferentes altitudes e velocidades. A
velocidade máxima do caça não foi divulgada, mas ele pode chegar a 2,4 mil
quilômetros por hora – duas vezes mais rápido que a velocidade do som.
O piloto de testes sueco Richard Ljungberg fez o voo de estreia do caça.
Ele disse que foi uma honra e que estava orgulhoso por ser o primeiro a voar no
Gripen do Brasil. E que tudo correu bem, exatamente como nas simulações. O
primeiro avião de combate será entregue às forças brasileiras em 2021.
Transferência de tecnologia
A transferência de tecnologia foi um dos principais motivos para o
governo optar pelo Gripen e não pelo Boeing (dos EUA) ou pelo Rafale (da
francesa Dassault).
Seis empresas brasileiras foram escolhidas para trabalhar na montagem da
nova geração do Gripen e receber conhecimentos tecnológicos da montadora.
Os projetos incluem treinamento teórico, pesquisa, desenvolvimento de
sistemas de aviões e treinamentos práticos na fábrica da SAAB, na Suécia.
Desde o início do contrato, tem havido intercâmbio de funcionários
brasileiros na Suécia. Até agora, cerca de 200 engenheiros, montadores e
pilotos já estiveram em Linkoping, e os treinamentos variam de 3 meses a dois
anos, dependendo da função.
O primeiro Gripen do Brasil vai continuar na Suécia para a continuação
dos testes. O programa também prevê que os últimos 15 aviões serão produzidos e
montados em solo brasileiro.
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