FOTO: EDU ANDRADE/Ascom/ME
O ministro da
Economia, Paulo Guedes, disse hoje (26) que o governo federal deve lançar, em
breve, um novo programa de incentivo à qualificação da mão de obra. Segundo o
ministro, o objetivo é preparar jovens para o mercado de trabalho formal,
permitindo que eles recebam uma ajuda de custo de R$ 600 para trabalhar e,
assim, conquistar uma profissão.“Estamos lançando um olhar
justamente para evitar o que, no mercado de trabalho, se chama de Efeito
Cicatriz”, disse o ministro, se referindo ao termo usado por especialistas para
explicar os prejuízos à evolução profissional que costumam afetar quem ingressa
de forma precária no primeiro emprego.
De acordo com o
ministro, a proposta do Ministério da Economia é, por meio da parceria com
empresas interessadas, pagar R$ 600 aos beneficiários do programa. Metade do
valor será pago pelo governo, metade pelos empregadores, que também teriam que
oferecer meios de capacitar esta mão de obra.
“A ideia básica é
que o governo pague R$ 300 e as empresas mais R$ 300. Ou seja, as empresas
pagarão para treinar [os jovens], que serão qualificadas para desempenhar o
que, depois, serão seus empregos”, comentou Guedes, explicando que a iniciativa
só não foi lançada ainda por questões orçamentárias.
“Temos os recursos
para este ano, mas queremos que seja um contrato de [trabalho de] pelo menos um
ano. Então, em vez de lançar um contrato de seis meses [só até o fim deste ano],
estamos tentando obter fontes [de recursos financeiros] para que o jovem fique
coberto por este programa de treinamento no trabalho por pelo menos um ano”,
disse Guedes, assegurando que o ministério já vem conversando sobre a
iniciativa com algumas “importantes empresas”.
Essas medidas já
vêm sendo anunciadas pela equipe econômica há alguns meses, embora sem
detalhamentos. Já no começo de maio, Guedes disse que o Bônus de
Inclusão Produtiva (BIP) e o Bônus de Incentivo à Qualificação da Mão de Obra
(BIQ) protegerão os chamados “cidadãos invisíveis”, que não estão cobertos nem
pelo programa Bolsa Família, nem pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Discurso que ele repetiu hoje, ao anunciar os resultados do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged) relativos ao mês de abril.
“Protegemos os
‘invisíveis’ com o auxílio emergencial. Agora, com nossas políticas de emprego,
precisamos cuidar dos milhões de brasileiros que não conseguiram [ingressar] no
mercado formal de trabalho”, acrescentou o ministro.
>>>PARTICIPE DO GRUPO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook