O número de casos
de sarampo em Santa Catarina saltou de 47 para 62 apenas em 2020. As
informações são do mais recente boletim da Dive/SC (Diretoria de Vigilância
Epidemiológica de Santa Catarina), divulgado nessa quarta-feira (4).
O boletim anterior com os 47
casos confirmados havia sido divulgado em 14 de fevereiro. As
62 confirmações são referentes ao período de 1º de janeiro até 22 de fevereiro.
Segundo a Dive/SC,
o surto de sarampo “permanece ativo” no Estado. Foram notificados 177 casos
suspeitos. Destes, 58 foram descartados, 62 confirmados e 57 ainda permanecem
em investigação ou reteste, conforme protocolo recomendado pelo Ministério da
Saúde.
Casos por município
Os 62 primeiros
casos confirmados em 2020 estão distribuídos em 12 municípios de Santa
Catarina. A cidade com mais ocorrência é Florianópolis, com 25, seguida por
Joinville (18), e Porto União (6). Confira abaixo:
Florianópolis (25)
Joinville (18)
Porto União (6)
Jaraguá do Sul (2)
Schroeder (2)
Guaramirim (1)
Blumenau (2)
Três Barras (1)
Videira (1)
São José (2)
Maravilha (1)
Itá (1)
Recomendações em caso de suspeita de
sarampo
Considerando a
“alta transmissibilidade do sarampo”, o atual comportamento da doença no
cenário brasileiro e a continuidade do surto em 2020, a Dive/SC destaca as
seguintes recomendações em casos suspeitos:
a) Notificação
imediata de casos suspeitos (pacientes com febre, exantema, coriza e/ou tosse
e/ou conjuntivite);
b) Atenção especial
aos casos suspeitos de viajantes e/ou pessoas que tiveram contato com viajantes
nacionais e internacionais nos últimos 30 dias;
c) Orientação para
o isolamento hospitalar ou domiciliar do caso suspeito até o final do período
de transmissibilidade (período de 6 dias antes do aparecimento do exantema até
4 dias após);
d) Bloqueio vacinal
dos contatos, ocorrido no período de transmissibilidade, em até 72 horas e
monitoramento destes por até 30 dias;
e) Investigação dos
casos quanto a possíveis fontes de infecção;
f) Busca
retrospectiva de casos em prontuários de hospitais e laboratórios públicos e
privados;
g) Atualização da
caderneta de vacinação de crianças e adultos em todas as oportunidades;
h) Coleta de
amostras clínicas para sorologia e identificação viral e encaminhamento
obrigatório ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/SC).
Vacina
A vacina tríplice
viral é a maneira mais eficaz de prevenção contra o sarampo, além de proteger
também contra rubéola e caxumba.
O Ministério da Saúde recomenda a intensificação da vacinação de rotina, conforme Calendário Nacional de Vacinação versão 2020 com uma dose da vacina aos 12 meses e com reforço aos 15 meses; duas doses a partir de 12 meses a 29 anos de idade; e uma dose para a população de 30 a 59 anos de idade; além da dose zero para crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias.
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