Observatório FIESC traz projeções positivas para a indústria catarinense em 2021

29/01/2021 - 06h38

O Observatório da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) apontou expectativas positivas para o mercado em 2021. O indicador que tem como base o relatório Focus, do Banco Central, projeta que a produção industrial deve apresentar alta de 4,78% este ano. Em 2020, a queda da produção industrial foi estimada em 4,94%, nível inferior ao apresentado no último relatório. No que se refere ao PIB nacional, as estimativas apontaram uma retração de 4,37% no último ano.

Segundo o diretor de inovação e competitividade da Fiesc, José Eduardo Fiates, as expectativas do desempenho da indústria catarinense para este ano dependem naturalmente de fatores globais, nacionais, estaduais e locais. O indicador leva em conta, sobretudo, a estabilidade da pandemia.

“Nós estamos trabalhando com a hipótese de que o cenário deve ser positivo, deve ser uma estabilidade do ponto de vista da pandemia principalmente e consequentemente dos indicadores econômicos macro mundiais, com uma taxa de crescimento e recuperação importante dos principais países e potências, uma estabilidade financeira e o controle da pandemia em níveis aceitáveis”, pontuou.

Para 2021 o PIB nacional também apresenta estimativa de aumento de 3,21%, bem como a revisão da taxa Selic passou para 3,25% este ano. Enquanto isso, a mediana das expectativas para a inflação demonstrou alta em relação à semana anterior, para 3,34% no ano. A porcentagem se mantém dentro da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional. Já para a taxa de câmbio, a mediana das expectativas de mercado estima o valor de R$/US$ 5,00 para o final do ano.

O presidente da fábrica Termotécnica e do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Estado de Santa Catarina (Simpesc), Albano Schmidt, avaliou as perspectivas favoráveis de retomada para o segmento e possíveis empecilhos que o setor pode enfrentar.

“Todo o segmento começou o ano bastante otimista, todas as nossas áreas, quer sejam dos descartáveis, dos bens duráveis de plástico, iniciaram 2021 com uma projeção de crescimento para este ano. Só que já nos primeiros 15 dias do mês de janeiro todos já começaram a sentir os impactos da escassez de várias matérias primas”, contou.

Segundo Schmidt há sinais de que vai faltar aço, o que impacta na construção civil e em todo o segmento plástico de Santa Catarina, sendo grande fornecedor para essa indústria. Também terá impacto no setor de embalagens, onde vai demandar uma certa restrição de entregas com as empresas produzindo menos eletrodomésticos. Apesar deste cenário, ele afirmou que as empresas estão investindo em melhorias de produtividade, o que mantém a perspectiva positiva.


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  • Jornal Regional



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