A Organização das Nações Unidas (ONU) mais que triplicou seu
apelo para auxiliar os países vulneráveis a combater a propagação e os
efeitos desestabilizadores da pandemia do coronavírus. A organização solicitou,
nessa quinta-feira (7), US$ 6,7 bilhões para ajudar 63 países, principalmente
na África e na América Latina.
Embora os Estados Unidos e a Europa estejam sendo afetados agora pelo
surto, o subsecretário-geral da ONU, Mark Lowcock, alertou que não era esperado
que o vírus atinja o pico nos países mais pobres do mundo entre os próximos
três e seis meses.
“Nos países mais pobres, já podemos ver as economias se contraindo à
medida que as receitas de exportação, as remessas e o turismo desaparecem. A
menos que tomemos medidas agora, devemos estar preparados para um aumento
significativo no conflito, fome e pobreza”, afirmou. “O espectro de várias
carências aparece”, acrescentou Lowcock.
O novo coronavírus, que causa a doença respiratória covid-19, já infectou
cerca de 3,7 milhões de pessoas em todo o mundo e mais de 263 mil morreram, de
acordo com contagem da Reuters. O vírus surgiu pela primeira vez na cidade
chinesa de Wuhan, no fim do ano passado.
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