Três cidades de
Santa Catarina estão entre os alvos da operação Gun Express, deflagrada na
manhã desta quinta-feira (5) pela Polícia Federal. Mandados judiciais são
cumpridos em Itajaí, Lages e São Miguel do Oeste. A operação investiga um grupo
criminoso que atua no tráfico internacional de armas, acessórios e munições. O
armamento é despachado pelos Correios, dentro de equipamentos de treino para
artes marciais.
A estimativa é que
o grupo tenha remetido e transportado, nos últimos quatro anos, mais de 300
armas de fogo. O que corresponde a cerca de R$ 2 milhões em armamento.
Em todo o país, são
cumpridos ao todo 62 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão
preventiva, nos estados do Paraná, Bahia, Rio Grande do Norte, São Paulo,
Paraíba, Sergipe, Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Imagens
divulgadas pela polícia mostram o momento em que armas foram localizadas em um
veículo, em Salvador (BA), e na Central dos Correios, em Curitiba
(PR).
Dois anos de
investigação
As investigações
começara no Paraná, de onde partiu a operação. No primeiro semestre de 2018, a
Polícia Federal identificou o envio de armas pelos Correios, dentro de
aparadores de chute, luvas e caneleiras. Os policiais concluíram que um grupo
de pessoas nos estados do Paraná, Bahia e Rio Grande do Norte importava, fazia
a guarda e a remessa das armas para outros estados no país. A participação de
catarinenses ainda não foi esclarecida pela Polícia Federal.
Além dos
equipamentos de treino para artes marciais, durante as investigações a polícia
também identificou armas e acessórios escondidos em tanques de combustível de
veículos. Esse tipo de esconderijo era usado especialmente pra levar as drogas
para a região Nordeste, segundo a polícia.
A Justiça
determinou, além das prisões e dos mandados de busca, 27 bloqueios judiciais de
contas bancárias e aplicações financeiras, e o sequestro de bens de 26 pessoas
e uma empresa. Dez veículos, que estavam em nome de terceiros, foram retidos.
Segundo a Polícia
Federal, 28 pessoas serão indiciadas por tráfico internacional de armas de
fogo, lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.
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