A Polícia Federal
(PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (2) uma operação para desarticular um
esquema de lavagem de dinheiro e descapitalizar uma organização criminosa que,
até 2017, atuava no tráfico de drogas para a Europa e outros países, por meio dos
portos de Itajaí e Navegantes.
Os bens que são alvos da Operação Joias do Oceano somam mais de R$ 70
milhões, valor que foi bloqueado e também determinadas as apreensões de carros
de luxo e de embarcações pela Justiça Federal.
Um dos principais líderes do grupo foi preso em cumprimento a um mandado
de prisão preventiva. De acordo com a PF, o suspeito estava em liberdade
condicional desde dezembro de 2017 e foi preso durante esta manhã no
apartamento em Balneário Camboriú, no Litoral Norte catarinense.
Outros 32 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Balneário Camboriú, Barra Velha, São Francisco do Sul, Joinville e Araquari. Até as 10h, não foi divulgado o balanço das
ações.
Cerca de 35 integrantes da organização criminosa já haviam
sido presos no final de 2017, quando foram identificadas remessas de mais de
oito toneladas de cocaína para países como Bélgica, Holanda, Itália, Espanha,
Turquia e México.
Investigações
Durante as investigações, a polícia identificou que os principais
suspeitos possuíam patrimônios milionários nos próprios nomes e nos de terceiros,
como parentes, empresas e outras pessoas consideradas "laranjas". A
PF passou a concentrar na licitude da aquisição dos bens e nos mecanismos
usados para a lavagem do dinheiro do tráfico.
Carros
Por determinação do Juízo da 1ª Vara Federal Criminal de Itajaí estão
sendo sequestrados, apreendidos e bloqueados: 25 imóveis, 23 carros e caminhões
e cinco embarcações, além de maquinário pesado utilizado na logística
retroportuária, com indícios de terem sido comprados com o dinheiro ilegal do
tráfico de drogas.
Segundo a PF, entre os imóveis de alto luxo, estão apartamentos em
Balneário Camboriú, Joinville e São Francisco do Sul, casa de campo e salas
comerciais. Já entre os carros estão Porsche, Ferrari, Lamborghini e outros.
Conforme a PF, os investigados vão responder por lavagem de dinheiro,
que prevê pena de três a 10 anos de prisão, com aumento de um a dois terços por
se tratar de reiteração criminosa.
Ao menos 140 policiais participam das ações, que buscam devolver ao
Estado, os bens e valores obtidos com os crimes.
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