Operação da PF mira bens de luxo de grupo suspeito de tráfico internacional de drogas em portos de SC

02/07/2019 - 10h42

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (2) uma operação para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro e descapitalizar uma organização criminosa que, até 2017, atuava no tráfico de drogas para a Europa e outros países, por meio dos portos de Itajaí e Navegantes.

Os bens que são alvos da Operação Joias do Oceano somam mais de R$ 70 milhões, valor que foi bloqueado e também determinadas as apreensões de carros de luxo e de embarcações pela Justiça Federal.

Um dos principais líderes do grupo foi preso em cumprimento a um mandado de prisão preventiva. De acordo com a PF, o suspeito estava em liberdade condicional desde dezembro de 2017 e foi preso durante esta manhã no apartamento em Balneário Camboriú, no Litoral Norte catarinense.

Outros 32 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Balneário CamboriúBarra VelhaSão Francisco do SulJoinville Araquari. Até as 10h, não foi divulgado o balanço das ações.

Cerca de 35 integrantes da organização criminosa já haviam sido presos no final de 2017, quando foram identificadas remessas de mais de oito toneladas de cocaína para países como Bélgica, Holanda, Itália, Espanha, Turquia e México.

Investigações

Durante as investigações, a polícia identificou que os principais suspeitos possuíam patrimônios milionários nos próprios nomes e nos de terceiros, como parentes, empresas e outras pessoas consideradas "laranjas". A PF passou a concentrar na licitude da aquisição dos bens e nos mecanismos usados para a lavagem do dinheiro do tráfico.

Carros

Por determinação do Juízo da 1ª Vara Federal Criminal de Itajaí estão sendo sequestrados, apreendidos e bloqueados: 25 imóveis, 23 carros e caminhões e cinco embarcações, além de maquinário pesado utilizado na logística retroportuária, com indícios de terem sido comprados com o dinheiro ilegal do tráfico de drogas.

Segundo a PF, entre os imóveis de alto luxo, estão apartamentos em Balneário Camboriú, Joinville e São Francisco do Sul, casa de campo e salas comerciais. Já entre os carros estão Porsche, Ferrari, Lamborghini e outros.

Conforme a PF, os investigados vão responder por lavagem de dinheiro, que prevê pena de três a 10 anos de prisão, com aumento de um a dois terços por se tratar de reiteração criminosa.

Ao menos 140 policiais participam das ações, que buscam devolver ao Estado, os bens e valores obtidos com os crimes.


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  • Jornal Regional



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