O Ministério Público Federal (MPF), juntamente com a Polícia Federal (PF), deflagrou nesta quinta-feira (14) a 3ª fase da Operação Alcatraz, intitulada Operação Obstrução, visando à repressão de organização criminosa envolvida na prática de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
O inquérito policial teve início após a apreensão de bens, documentos e equipamentos eletrônicos na residência de um dos investigados nos autos da Operação Hemorragia, identificando-se fortes indícios de que continuava envolvido com a prática de crimes, especialmente lavagem de dinheiro.
Durante as investigações, constatou-se que, apesar de preso desde a primeira fase da operação, o indiciado, com auxílio de sua esposa, teria quitado, de forma suspeita, despesas elevadas em espécie e mediante utilização de cheque de terceiro, bem como teria ocultado a propriedade de veículo através de registro em nome de seu genitor.
Também foram apontadas evidências de que o indiciado havia descumprido condição estabelecida para o cumprimento temporário da prisão em sua residência, vindo a manter contato com outro investigado.
Por fim, em razão de exames periciais realizados em aparelhos telefônicos apreendidos, foram localizadas conversas que demonstram que os investigados contavam com o auxílio externo para busca de valores com terceiros para quitação de dívidas, inclusive citando-se a prática de atos de constrangimento na tentativa de levantamento de valores.
Nesse contexto, visando obstar a atuação ilícita de integrantes da organização criminosa identificada e, ainda, colher novos elementos de prova, inclusive relacionados aos valores movimentados pelos investigados, foram expedidos pela Justiça Federal de Florianópolis cinco mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, dentre outras medidas cautelares, a serem cumpridos nos municípios de Florianópolis (SC) e São José (SC).
Os investigados poderão responder, dentre outros, por crimes previstos na Lei de Lavagem de Dinheiro e na Lei de Organizações Criminosas.
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