Operação prende suspeitos por desvio de mais de R$ 17 milhões da Celesc

02/08/2019 - 22h22

A Diretoria de Investigações Criminais (Deic) cumpriu três mandados de prisões temporárias e 20 de busca e apreensão durante a Operação Curto Circuito, deflagrada na manhã desta sexta-feira, dia 2, em Santa Catarina e no Paraná.

A Polícia Civil investiga o desvio de mais de R$ 17 milhões para uma empresa com convênios de prestação de serviços realizados com a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc).

As investigações revelaram que um funcionário, responsável pelo controle de pagamentos de convênios da Celesc, alterava os lançamentos manualmente, para maior. Os pagamentos, que tinham como beneficiária a empresa investigada, vieram de 136 alterações registradas no período investigado.

Foram presos temporariamente um ex-funcionário da Celesc, em Florianópolis. Uma mulher em Curitiba e o irmão dela, em Balneário Camboriú. Eles são donos da empresa especializada em seguros de vida que estaria sendo beneficiada no golpe.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos, três em Curitiba (PR), um em São José dos Pinhais (PR), sete em Balneário Camboriú, um em Itapema, um em Bombinhas, três em Itajaí, dois em Florianópolis e dois em São José.

Também foram realizados bloqueios de ativos financeiros das pessoas naturais e jurídicas investigadas, sequestro e indisponibilidade de 23 veículos, entre eles uma Lamborguini, um Camaro e um Land Rover, 24 imóveis, alguns de alto padrão, além do sequestro de cinco empresas.

Investigações

De acordo com a Polícia Civil, a Celesc realiza contratos que consistem em cobrar e arrecadar, na fatura de energia elétrica dos consumidores, serviços prestados por empresas conveniadas. Após apuração mensal, repassa os valores, descontando as taxas contratuais.

As investigações mostram que o funcionário responsável pelo controle de pagamentos de convênios alterava manualmente, para valores maiores, os repasses para uma empresa investigada.

Segundo a Polícia Civil, os desvios contra a Celesc ocorreram entre 2009 e 2017. No período investigado, foram feitas 136 alterações. Os valores, corrigidos, somam mais de R$ 17 milhões.

A polícia investigou os crimes de peculato eletrônico, lavagem de dinheiro e associação criminosa, além de identificar o destino do dinheiro desviado e o patrimônio dos investigados. Segundo a Polícia Civil, mais pessoas serão ouvidas.


  • por
  • Jornal Regional
  • FONTE
  • G1



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